PedagogiaA didática e o processo de ensino e aprendizagem
- (Fundação CEFETBAHIA 2019)
Para responder à questão leia o trecho abaixo.
“De súbito, naquele dia de sol esplêndido, na hora calma da sesta, o coronel Jesuíno Mendonça
descarregara seu revólver na esposa e no amante, emocionando a cidade, trazendo-a mais uma vez
para o remoto clima de sangue derramado, fazendo com que o próprio Nacib esquecesse seu problema
tão grave, de cozinheira. Também o Capitão e o Doutor esqueceram suas preocupações políticas, e o
próprio coronel Ramiro Bastos, informado do infortúnio, deixou de pensar em Mundinho Falcão. A
notícia correra rápida como relâmpago e cresceram o respeito e a admiração que já cercavam a figura
magra e um tanto sombria do fazendeiro. Porque assim era em Ilhéus: honra de marido enganado só
com sangue podia ser lavada” (AMADO, 2015, p. 87).
Publicado pela primeira vez em 1958, o romance “Gabriela” de Jorge Amado, retratava a Ilhéus do início do século XX. Acerca da didática do ensino de História, é correto afirmar que
A) a obra literária, enquanto criação artística, dispensa totalmente a análise do lugar social do autor no seu uso em sala de aula.
B) textos literários permitem o diálogo entre diferentes componentes curriculares, o que possibilita uma abordagem cooperativa, e, mesmo, interdisciplinar.
C) textos como o do trecho destacado não podem ser utilizados como recurso didático, uma vez que fazem uma associação ficcional com eventos históricos do período.
D) o fragmento, articulado com outros recursos didáticos, permitiria aproximar mais facilmente o aluno do período histórico em questão, sendo dispensável a análise de seu caráter ficcional.
E) temas transversais, como cidadania e gênero, não podem ser abordados a partir do fragmento citado, uma vez que não relacionam a contemporaneidade do estudante com a representação ficcional do passado.
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