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PortuguêsInterpretação de textos


EXERCÍCIOS - Exercício 116

  • (FCC 2018)

De cabeça pra baixo

Esse mundo está ficando de cabeça pra baixo!

É uma conhecida frase, que sucessivas gerações vêm frequentando. Ela logo surge a propósito de qualquer coisa que se considere uma novidade despropositada, irritante: modelo de roupa mais ousada, último grande sucesso musical, aumento milionário no salário de um jogador de futebol, a longa estiagem na estação chuvosa, a avalanche de crimes no jornal... A ideia é sempre demonstrar que a vida e o mundo já foram muito melhores, que a passagem do tempo leva inexoravelmente à perversão ou ao desmoronamento dos valores autênticos, que uma geração construiu e que a seguinte apagou.

Parece que na história da humanidade o fenômeno é comum e cíclico: as pessoas enaltecem seus hábitos passados e condenam os presentes. “Ah, no meu tempo...” é uma expressão que vale um suspiro e uma acusação. Algo de muito melhor ficou para trás e se perdeu. A missão dessa juventude de hoje é desviar-se da Civilização....

A ironia é que justamente nesses “desvios” e por conta deles a História caminha, ainda que não se saiba para onde. Fosse tudo uma repetição conservadora, nenhuma descoberta jamais se daria, sem contar que os mais velhos já não teriam do que se queixar e a quem imputar a culpa por todos os desassossegos que assaltam todas as gerações humanas, desde que existimos .

(Romildo Pacheco, inédito )


No terceiro parágrafo do texto, deve-se entender que a frase A missão dessa juventude de hoje é desviar-se da Civilização...


A) corresponde à posição pessoal do autor do texto, identificado que está com todos aqueles que desde sempre costumam pronunciá-la.

B) expressa o ponto de vista de quem também diz “ Ah, no meu tempo ”, emprestando voz o autor a quem alimenta essa convicção.

C) exprime uma ironia, pois quem costuma dizê-la com essas reticências acredita justamente no contrário do que afirma.

D) constitui uma provocação que os velhos lançam contra os jovens, chamando-os à missão de apagar os deslizes da geração anterior.

E) contradiz plenamente a frase anterior, na qual se afirmam como bem-sucedidos os feitos da geração mais velha, ora condenados ao esquecimento.


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