Procura

FilosofiaDiversos


EXERCÍCIOS - Exercício 495

  • (Colégio Pedro II 2022)

Parece que a felicidade, mais que qualquer outro bem, é tida como este bem supremo, pois a escolhemos sempre por si mesma, e nunca por causa de algo mais; mas as honrarias, o prazer, a inteligência e todas as outras formas de excelência, embora as escolhamos por si mesmas (escolhê-las-íamos ainda que nada resultasse delas), escolhemo-las por causa da felicidade, pensando que através delas seremos felizes. (ARISTÓTELES, 2007, p. 42)

Ora, pode-se chamar a habilidade, na escolha dos meios para o seu máximo bem-estar próprio, de prudência no sentido mais estrito. Portanto, o imperativo que se refere à escolha dos meios para a felicidade própria, isto é, o preceito da prudência, é sempre ainda hipotético: a ação não é ordenada absolutamente, mas apenas como meio para um outro objetivo. Finalmente há um imperativo que, sem pôr no fundamento como condição qualquer outro objetivo a ser alcançado mediante uma certa conduta, ordena imediatamente essa conduta. Este imperativo é categórico. Ele não diz respeito à matéria da ação e ao que deve seguir-se dela, mas à forma e ao princípio do qual ela mesma decorre, e o essencialmente bom da ação consiste na disposição [Gesinnung], seja qual for o seu resultado. Este imperativo pode chamar-se de imperativo da moralidade. (KANT, 2011, p. 123)

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In : MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de ética . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. In : MARCONDES, D. (Org.).

Textos básicos de filosofia . Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2011.

Sobre a relação entre moralidade e felicidade, nas filosofias de Aristóteles e Kant, é correto afirmar que




A)

PARA ARISTÓTELES                                    PARA KANT

a felicidade como bem supremo                    os imperativos morais ordenam categoricamente

justifica a persecução de qualquer                de acordo com um princípio e uma forma que

excelência; desconsideram as consequências da ação.




B) PARA ARISTÓTELES                                        PARA KANT a inteligência, o prazer e as honrarias                        o imperativo hipotético pauta a moralidade e a são considerados como bens                                     felicidade do agente prudente, dado o seu constituintes do agente moral;                                    compromisso racional com o máximo bem-estar.

C)

PARA ARISTÓTELES                                        PARA KANT

a felicidade é desejada por si mesma,                    a moralidade é desejada por si mesma,

excluindo-se qualquer relação com a                      excluindo-se qualquer relação com a

moral;                                                                       felicidade.



D)

PARA ARISTÓTELES                                        PARA KANT

a felicidade é um imperativo que                                 a atitude moral do indivíduo exclusivamente

determina o indivíduo moralmente em                        prudente é determinar-se a agir de acordo com

função de um bem supremo;                                      um imperativo categórico.





Próximo:
EXERCÍCIOS - Exercício 496

Vamos para o Anterior: Exercício 494

Tente Este: Exercício 498

Primeiro: Exercício 1

VOLTAR ao índice: Filosofia






Cadastre-se e ganhe o primeiro capítulo do livro.
+