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EXERCÍCIOS - Exercício 393

  • (CONSULPLAN 2018)

“O jogo é de fato mais antigo que a cultura. Ele deve ser analisado mais que pelos fenômenos fisiológicos ou reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra um determinado sentido. No jogo existe alguma coisa ‘em jogo’ que transcende as necessidades imediatas da vida e confere sentido à ação. Todo jogo significa alguma coisa. O simples fato desta atividade encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência.” (Huizinga, 2010.)
Em Homo Ludens: o jogo como elemento da cultura, Huizingadiscute que o “jogar” é um elemento nuclear de formação da cultura humana e observa como os elementos lúdicos estão presentes na política, na guerra, no amor, na poesia e em tantas outras facetas do humano. Este livro, inclusive, tornou-se bibliografia obrigatória no campo de estudos sobre gamesda atualidade, bem como o jogo como estratégia e ferramenta pedagógica nas escolas, em especial nas aulas de educação física. O autor propõe que a ideia de jogo pressupõe algumas características essenciais; sem elas a atividade não poderá ser compreendida como tal ação.
NÃO se configura como uma característica essencial do jogo, segundo Huizinga (2010):


A) O jogo deve ser uma atividade livre e nunca imposta, ou seja, o jogo presume uma participação voluntária daqueles que estão imersos no ato de jogar. O “aceitar fazer parte do jogo” é crucial para uma boa experiência lúdica.

B) Um jogo, por excelência, cria tensão, incerteza e acaso. Estes elementos chegam ao extremo em jogos esportivos e jogos de azar. Todo jogo possui regras e são elas que determinam o que “vale” dentro do mundo temporário circunscrito pelo jogo.

C) O jogo deve possuir limites de tempo e de espaço e possuir, acima de tudo, um caminho e sentido próprios. Afinal de contas, por mais caótico que seja o jogo deve criar ordem através de regras mesmo que de maneira temporária e limitada. Essa ideia nos apresenta a importância de definir regras e o “espaço” em que a ação do jogo acontece, seja porque estamos falando de um campo de futebol, uma tela de videogame ou um tabuleiro de xadrez.

D) O jogo deve ser vida “real” e não deve ter como premissa ser um intervalo em nossa vida cotidiana. No ambiente do jogo, as leis e os costumes da vida cotidiana não perdem validade, pois, no universo lúdico, somos exatamente iguais e fazemos coisas semelhantes ao cotidiano. O ambiente do jogo é formado de fantasia, de sonhos e catarse; no universo do jogo – quando assumimos o papel de jogadores ( players ) – nos transformamos em caçadores de dragões, soldados, esportistas e tudo mais que nossa imaginação voluntária e o ambiente ao nosso redor permitir.


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