Procura

PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (5)


EXERCÍCIOS - Exercício 375

  • (VUNESP 2014)

O líder narcisista
Manfred Kets de Vries, fundador do Centro de Liderança da escola de negócios Insead, revela já ter identificado em altos executivos características de personalidade nocivas e deses­tabilizadoras tanto para a equipe quanto para a organização. Um desses perfis comportamentais é o narcisista.
Todos nós, em maior ou menor grau, manifestamos caracte­rísticas narcisistas, o que muitas vezes é necessário para manter nosso equilíbrio emocional. Há momentos em que o amor pró­prio predomina, sentimo­-nos orgulhosos de nossas realizações e somos levados a externar uma saudável autoestima.
O problema surge quando o narcisismo se manifesta de uma forma exacerbada. Ou seja, quando o indivíduo sucumbe sob o peso da vaidade. Em torno desta postura invariavelmente gravi­tam o autoritarismo, a dificuldade do diálogo, a falta de empatia e, consequentemente, uma coleção de animosidades.
No contexto empresarial, sobretudo em cargos de gestão, uma dose moderada de narcisismo – evidentemente alicerçada em reais competências – fortalece ainda mais habilidades como a iniciativa, a criatividade, a versatilidade, o gosto por desafios, componentes fundamentais para o exercício de uma liderança efetiva.
Em face dessa autovalorização, o líder com essa caracterís­tica coloca mais empenho no alcance de resultados, não teme seus pares, inspira e valoriza a participação da equipe, e, por entender que um bom convívio social é fundamental para sua liderança, não transforma o ambiente de trabalho em batalha ccompetitiva. É o que se denomina de líder narcisista produtivo.
Por outro lado, quando essa autovalorização é vivenciada de forma excessiva, devemos entendê-la como uma liderança tóxica que afetará negativamente a moral e a efetividade de sua equipe.
Um líder que adota tal postura a manifesta de formas varia­das: dificuldade em aceitar as falhas alheias, autoritarismo nas suas decisões, necessidade compulsiva de se destacar, pretensa autossuficiência, clichês baseados em convicções pessoais, ausência de empatia, entre outras de igual efeito destrutivo.
Nenhum líder está imune ao narcisismo. No entanto, se suas ações são movidas unicamente por uma vitaminada vaidade, cui­dado! Você é um líder com tendências narcisistas destrutivas e o convívio difícil não será apenas com seus liderados; com a alta gestão da empresa você também não transitará com facilidade.
Um salto sem rede para sua carreira!
O antídoto para não cair na malha dos efeitos tóxicos do narcisismo exagerado será o contínuo exercício do autoconhe­cimento, a busca do equilíbrio. Fugir desse “império do ego" é retirar tanto a lente de aumento que procura superdimensionar habilidades, como a máscara que esconde limites.
(Ruth Duarte. O Estado de S.Paulo, 13 de abril de 2014. Adaptado)


Com base nas informações do texto, é correto afirmar que


A) Manfred Kets de Vries publicou, no Centro de Liderança, estudos sobre o comportamento de altos executivos.

B) o comportamento narcisista excessivo é prejudicial às equipes, mas não o é para a organização.

C) o narcisismo moderado contribui para que os líderes tenham atitudes emocionais equilibradas em seu ambiente de trabalho.

D) a autoestima, o amor próprio e o orgulho por seus empreen dimentos são posturas nocivas para quem pre­tende ser um gestor competente.

E) Manfred Kets de Vries condena qualquer forma de nar­cisismo entre os líderes de uma empresa.


Próximo:
EXERCÍCIOS - Exercício 376

Vamos para o Anterior: Exercício 374

Tente Este: Exercício 220

Primeiro: Exercício 1

VOLTAR ao índice: Português






Cadastre-se e ganhe o primeiro capítulo do livro.
+
((ts_substr_ig=0.00ms))((ts_substr_id=4.97ms))((ts_substr_m2=0.00ms))((ts_substr_p2=0.83ms))((ts_substr_c=1.30ms))((ts_substr_im=1.00ms))
((total= 8ms))