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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (5)


EXERCÍCIOS - Exercício 11

  • (FCC 2015)

Atenção : Considere o texto abaixo para responder à questão .
O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver com a capacidade de lidar com docilidade e tolerância com as situações mais adversas. Muitas vezes perdemos a serenidade quando nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela para que nossos planos não se transformem em fontes de tensão. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se aproximam mais da serenidade.
A serenidade corresponde a um estado de espírito no qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis e mortais. É claro que isso depende de termos atingido uma razoável evolução emocional e mesmo moral: não convém nos compararmos com as outras pessoas, não é bom nos revoltarmos com o fato de não sermos exatamente como gostaríamos; conformados com nossas limitações, podemos usufruir das potencialidades que temos.
O momento presente é sempre uma ficção: vivemos entre as lembranças do passado e a esperança de acontecimentos futuros que buscamos alcançar. A regra é que estejamos indo atrás de objetivos, perseguindo-os com mais ou menos determinação. A maior parte das pessoas sente-se mal quando está sem projetos, apenas usufruindo dos prazeres momentâneos que suas vidas oferecem. Somos pouco competentes para vivenciar o ócio. Essa condição emocional que os filósofos antigos consideravam como muito criativa é algo gerador de um estado de alma que chamamos de tédio.
De certa forma, fazemos tudo o que fazemos a fim de fugir do ócio e do tédio que o acompanha. Mesmo nos períodos de férias temos que nos ocupar. Por outro lado, perseguir objetivos com obstinação e aflição de alcançá-los o quanto antes também subtrai a serenidade. Assim, perdemos a serenidade quando andamos muito devagar, perto da condição do ócio − que traz o tédio e a depressão −, e também quando nos tornamos angustiados pela pressa de atingirmos nossas metas. Mais uma vez, a sabedoria, a virtude, está no meio, naquilo que Aristóteles chamava de temperança: cada um de nós parece ter uma velocidade ideal, de modo que, se andar abaixo dela, tenderá a se deprimir, ao passo que, se andar acima dela, tenderá a ficar ansioso. Interessa pouco comparar nossa velocidade com a dos outros, visto que só estaremos bem quando estivermos em nosso ritmo, qualquer que seja ele.
(Adaptado de Flávio Gikovate. Disponível em: flaviogikovate. com.br . Acesso em: 23/10/15)

Ao afirmar que a virtude está naquilo que Aristóteles chamava de temperança,o autor:


A) considera que, embora incentivado nos dias atuais, o ritmo acelerado do empreendedor moderno o afasta dos pequenos prazeres da vida.

B) incentiva a busca do aprendizado moral, sem o qual nossos projetos de vida ficam destituídos de significado.

C) delega aos detentores da sabedoria encerrada na sobriedade a tarefa de ensinar aos demais o ritmo certo de agir.

D) sugere que é essencial encontrar a velocidade perfeita em que cada um deve se manter para não se deprimir ou se tornar ansioso.

E) aponta para a falta de comedimento no modo como desfrutamos de determinados prazeres, o que ocasiona uma prejudicial perda de limites em relação aos nossos desejos.


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