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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto


EXERCÍCIOS - Exercício 57

  • (FCC 2018)

Atenção : Considere o texto a seguir para responder à questão.

Totó é da família

Cunhados talvez não sejam parentes, mas o Totó decididamente o é. Está em julgamento no STJ uma ação na qual um ex-marido reivindica o direito de visitação à cadela da raça yorkshire que havia sido comprada pelo casal e acabou ficando com a mulher. Ele alega que a ex-companheira o impede de ver a cachorrinha, causando-lhe "intensa angústia".
Tudo caminha para que os animais de estimação se integrem cada vez mais, no plano afetivo e jurídico, à família. Mas há um limite para isso. Não creio que bichos poderão um dia ser titulares de direitos em sua plenitude, como querem os militantes mais entusiasmados.
O fato é que, para gozar da plenitude de direitos, é preciso possuir, ao menos em potência, a capacidade de cumprir deveres, o que exige algum grau de consciência. Animais podem, contudo, ser pacientes morais, como crianças e outros humanos considerados incapazes.
Nesse campo, porém, estamos condenados a agir com incoerência. Queremos proteger nossos animais de estimação, mas não abrimos mão do hambúrguer nem da pesquisa médica e biotecnológica, que depende do sacrifício de cobaias. O critério é só emotivo, já que, do ponto de vista da biologia, Totó é um parente mais afastado dos humanos do que os ratinhos de laboratório.
(Adaptado de: SCHWARTSMAN, Hélio. Disponível em: www.folha.uol.com.br )

O autor desenvolve sua argumentação de modo a


A) ridicularizar a figura do marido que pleiteia o direito de visitação de um animal de estimação, pois defende que os humanos se diferenciam dos demais animais ao orientar suas ações por critérios exclusivamente racionais.

B) aceitar como legítima a maneira como as pessoas se envolvem afetivamente com seus animais de estimação, mas a recusar que estes gozem dos mesmos direitos dos humanos por prescindirem de consciência.

C) concordar que cachorros sejam tratados como entes familiares, para defender que os humanos devem estender esse tipo de tratamento aos demais animais, como os ratinhos de laboratório usados na pesquisa médica e biotecnológica.

D) apontar como antiética a postura que o homem costuma adotar no convívio com familiares, dando preferência a um animal sobre uma criança ou um parente considerado incapaz.

E) defender que os animais sejam vistos sem a interferência da emotividade, já que sua humanização resulta em um mau uso das leis, seja no tratamento de bichos de estimação, seja no tratamento de animais de laboratório.


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