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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (14)


EXERCÍCIOS - Exercício 82

  • (VUNESP 2019)

Leia o texto para responder à questão.

No front da alfabetização, a rede municipal de educação da cidade de São Paulo obteve conquista apreciável: 92% dos alunos sabiam ler e escrever ao término do segundo ano, ante não mais de 77% em 2017. Com isso, a prefeitura estipulou a meta de 85% de alfabetização no primeiro ano, quando as crianças em geral têm seis anos.

Uma ousadia, quando se tem em vista que, até recentemente, a diretriz nacional se limitava a preconizar leitura e escrita até o final do terceiro ano. Só em 2018, com a Base Nacional Comum Curricular, esse objetivo foi antecipado para o segundo ano, algo que a rede paulistana já havia adotado com um ano de antecedência.

Fica assim comprovado, na experiência de São Paulo, que metas ambiciosas nada têm de incompatível com progresso de aprendizado – ao contrário. Em particular no campo da alfabetização, base de tudo que virá a seguir, um nível alto de exigência dará motivação extra para educadores e estudantes se aplicarem mais.

Conforme se avança no ensino fundamental, contudo, os descaminhos e a leniência do passado se fazem manifestar nos parcos resultados obtidos por estudantes em provas padronizadas.

A deficiência manifesta-se em todas as grandes áreas de conhecimento. Quando concluem o quinto ano, final da fase 1 do fundamental, só 39% das meninas e dos meninos alcançam desempenho satisfatório em língua portuguesa. Pior, são apenas 27% em matemática e 20% em ciências.

A perda agrava-se na fase seguinte. Quando saem do fundamental 2, no nono ano, apenas 25% dos estudantes estão no nível adequado de língua. E há inaceitáveis 10% e 9% nessa faixa de desempenho, respectivamente, nas áreas de matemática e ciências naturais, o que torna fácil de entender o desastre que hoje se observa no ensino médio.

Não deixa de ser animador constatar que ao menos nos fundamentos do aprendizado – aalfabetização – houve avanço em São Paulo. Mas a cidade mais populosa e rica do país ainda precisa fazer mais e melhor por suas crianças e jovens.

(Editorial. Folha de S.Paulo , 02.01.2019. Adaptado)


Ao analisar os resultados e as metas de alfabetização para as crianças paulistanas, o editorial enfatiza que


A) estipular metas para o aprendizado pode ser salutar para o progresso dos alunos, ainda que a maioria deles não consiga atingir o mínimo satisfatório.


B) exigir dos alunos pode ter um reflexo positivo em seu aprendizado, uma vez que se cria motivação para todos os envolvidos no processo educacional.

C) trabalhar com metas ambiciosas na educação pode trazer problemas irreversíveis para o aprendizado da maioria dos alunos, que ficam desmotivados.

D) desafiar os alunos constantemente no início de sua escolarização tem criado condições para que estudem motivados por todo o ensino fundamental.

E) estabelecer metas incompatíveis com o progresso de aprendizado dos alunos é uma estratégia de estatística que não representa a realidade da escola.


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