DiversosDiversos (14)
- (CPCON 2016)
O problema do lugar-comum
Falta de motivação com falta de informação é geralmente a receita do que há de pior num texto: o lugar-comum (também chamado de chavão ou clichê) que tem contaminado boa parte dos textos escritos cotidianamente.
O lugar-comum é aquela afirmação tão batida e repetida que não significa mais nada – tudo que se pode fazer com ela é repeti-la. Na prática da escrita, frequentemente, o chavão acaba sendo útil: encerramos o texto dizendo que não há nada mais belo que o sorriso de uma criança, ou, então que as guerras acabarão quando todos perceberem que só o amor constrói!
O lugar-comum dispensa-nos de pensar ou argumentar. Muitas vezes, ele se resume a uma ordem ao leitor. Em vez de convidar o leitor a seguir um raciocínio ou desdobrar criticamente um ponto de vista, o lugar-comum convida-o simplesmente a obedecer a uma ordem pré- estabelecida e indiscutível.
(Texto adaptado de Oficina de Texto, p. 263)
No enunciado “Em vez de convidar o leitor a seguir um raciocínio ou desdobrar criticamente um ponto de vista, o lugar-comum convida-o simplesmente a obedecer a uma ordem pré-estabelecida e indiscutível”. Pode-se afirmar em relação ao termo “convida-o”, que:
A) Há um desvio linguístico com relação à regência verbal.
B) A colocação pronominal está adequada e faz referência a “leitor”.
C) Há um equívoco na estrutura enunciativa, tendo em vista o mau uso do pronome.
D) Existe inadequação linguística na organização do enunciado.
E) Há um desvio no uso da forma culta, com relação ao verbo “convidar”.
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