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• (IFPI 2022)

No último parágrafo de sua obra Anarquia, Estado e Utopia, o filósofo estadunidense Robert Nozick (1938-2002) afirma:
O Estado mínimo trata-nos como indivíduos invioláveis, que não podem ser usados de certas maneiras por outros como meios, ferramentas, instrumentos ou recursos. Trata-nos como pessoas que têm direitos individuais, com a dignidade que isso pressupõe. Trata-nos com respeito ao acatar nossos direitos, ele nos permite, individualmente ou em conjunto com aqueles que escolhemos, determinar nosso tipo de vida, atingir nossos fins e nossas concepções de nós mesmos, na medida em que sejamos capazes disso, auxiliados pela cooperação voluntária de outros indivíduos possuidores da mesma dignidade. Como ousaria qualquer Estado ou grupo de indivíduos fazer mais, ou menos? (NOZICK, R. Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991, p.357 e 358)
Robert Nozick é um dos mais conhecidos filósofos liberais do século XX e sua defesa em favor de certo modelo de Estado está em harmonia com a tese liberal, particularmente da corrente libertarianista, conforme indicado no item:


A) Um Estado mínimo é injustificado, pois o Estado deve apresentar certo modelo de virtude e orientar os objetivos da comunidade.

B) Um Estado mais extenso do que o mínimo justifica-se, devendo incluir a resolução de questões éticas e priorizar os objetivos da comunidade.

C) Um Estado mínimo é justificado, pois a interação social é legítima apenas quando fundada em certo modelo de moralidade orientado pelo Estado.

D) Um Estado mais extenso do que o mínimo é correto e inspirador, pois uma sociedade orientada pela economia de mercado leva à desordem e à rebelião.

E) Um Estado mais extenso do que o mínimo sempre violará os direitos individuais, sendo por isso injustificável.


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