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EXERCÍCIOS - Exercício 392

  • (IFPI 2022)

Texto I
“(...) concebo umas particularidades referentes aos números, às figuras, aos movimentos e a outras coisas semelhantes, cuja verdade se revela com tanta evidência e se acorda tão bem com minha natureza que, quando começo a descobri-las, não me parece que aprendo algo de novo, mas, antes, que me recordo de algo que já sabia anteriormente, isto é, que percebo coisas que estavam já no meu espírito, embora eu ainda não tivesse voltado meu pensamento para elas.
E o que, aqui, estimo mais considerável é que eu encontro em mim uma infinidade de ideias de certas coisas que não podem ser consideradas um puro nada, embora talvez elas não tenham nenhuma existência fora do meu pensamento, e que não são fingidas por mim, conquanto esteja em minha liberdade pensá-las ou não pensá-las; mas elas possuem suas naturezas verdadeiras e imutáveis.”
(DESCARTES, René. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.98-97)
Texto II
“Consiste numa opinião estabelecida entre alguns homens que o entendimento comporta certos princípios inatos, certas noções primárias (...). Seria sufi ciente para convencer os leitores, sem preconceito da falsidade desta hipótese, se pudesse apenas mostrar como os homens, simplesmente pelo uso de suas faculdades naturais, podem adquirir todo conhecimento que possuem, sem ajuda de quaisquer impressões inatas, e podem alcançar a certeza, sem quaisquer destas noções ou princípios originais.”
(LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. Tradução de Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 2.ed. São Paulo: Brasil Cultural, 1978. p.145. (Coleção Os pensadores)

Karl-Otto Apel e Jurgen Habermas, ao desenvolver uma ética do discurso, tentam articular uma teoria ética para uma civilização tecnológica e científica que, com a globalização, lida com problemas universais. A fundamentação dessa ética, em Apel e Habermas, encontra-se no discurso.
Sobre a ética do discurso de Apel e Habermas, podemos AFIRMAR:


A) Karl-Otto Apel encontra no discurso o ponto central de fundamentação de uma ética que cumpre a realização de um programa de uma filosofia transcendental, sem base metafísica.

B) A razão comunicativa em Habermas expressa-se como uma categoria ontológica que se impõe aos sujeitos, anulando a pluralidade cultural na imposição de um consenso.

C) As condições de possibilidade do discurso ético são também as condições de possibilidade dos objetos do discurso. Para Apel essas condições são a priori , categóricas e subjetivas.

D)

O consenso ético deve ser fruto de uma argumentação estruturada a partir de uma posição originária, com a retirada do “véu da ignorância”.



E) A ética do discurso surge em contexto de globalização, avanço tecnológico e problemas sociais a nível planetário e busca o desenvolvimento de uma comunidade ideal de comunicação, centrada em princípios teleológicos e contextualistas.


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