PortuguêsInterpretação de textos (3)
- (Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ 2015)
Considerar o texto IV, para responder à questão .
Texto IV: Preconceito linguístico ou social?
Faz algum tempo que venho me dedicando ao estudo do preconceito linguístico na sociedade brasileira. A principal conclusão que tirei dessa investigação é que, simplesmente, o preconceito linguístico não existe . O que existe, de fato, é um profundo e entranhado preconceito social . Se discriminar alguém por ser negro, índio, pobre, nordestino, mulher, deficiente físico, homossexual etc. já começa a ser considerado “publicamente inaceitável” (o que não significa que essas discriminações tenham deixado de existir) e “politicamente incorreto” (lembrando que o discurso do “politicamente correto” é quase sempre pura hipocrisia), fazer essa mesma discriminação com base no modo de falar da pessoa é algo que passa com muita “naturalidade”, e a acusação de “falar tudo errado”, “atropelar a gramática” ou “não saber português” pode ser proferida por gente de todos os espectros ideológicos, desde o conservador mais empedernido até o revolucionário mais radical. Por que será que é assim?
Bagno, Marcos. A norma oculta: língua e poder na sociedade brasileira.
São Paulo: Parábola Editorial, 2003. P.15,16. Fragmento
No trecho que se inicia em “Se discriminar alguém por ser negro” e vai até o fim do texto, estabelece- se uma comparação, por contraste, entre os seguintes termos:
A) os negros, índios e demais grupos discriminados.
B) discriminação social e discriminação linguística.
C) indivíduos que sabem gramática e os que a atropelam.
D) pessoas de alto poder aquisitivo e pessoas pobres
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