PortuguêsInterpretação de textos (3)
- (Máxima 2016)
Perguntas de um trabalhador que lê
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis:
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilônia várias vezes destruída
Quem a reconstruiu tantas vezes?
Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma está cheia de arcos do triunfo:
Quem os ergueu?
Sobre quem triunfaram os Césares?
A decantada Bizâncio
Tinha somente palácios para os seus habitantes?
Mesmo na lendária Atlântida
Os que se afogavam
gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou?
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou,
quando sua Armada naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões.
Bertolt Brecht
O poema é constituído por uma série de perguntas e termina dizendo “tantas questões”, o que deixa implícito que não há respostas para elas. Só NÃO se pode afirmar:
A) Essas questões ficam sem respostas, pois o eu poético se limita a apresentar várias perguntas, sem dar nenhuma resposta.
B) Essas questões não ficam sem repostas, embora as respostas não apareçam explícitas, o leitor fica conhecendo a resposta dada pelo o eu poético.
C) As questões não ficam sem respostas, pois trata-se de um recurso do autor para fazer o leitor pensar , chegar sozinho à resposta.
D) As questões não ficam sem repostas, pois o eu lírico, por meio dos exemplos apresentados, responde a todas elas.
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