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PortuguêsInterpretação de textos (2)


EXERCÍCIOS - Exercício 364

  • (Instituto Excelência 2017)

Não há vagas

O preço do feijão

não cabe no poema. O preço

do arroz

não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão.

O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.

Como não cabe no poema

o operário

que esmerila seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras

– porque o poema, senhores,

está fechado: “não há vagas”

Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço

O poema, senhores,

não fede

nem cheira.

GULLAR, Ferreira. “Não há vagas”. In: Toda Poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980.


A expressão “não cabe no poema” é repetida várias vezes ao longo do texto. Ao analisar o poema, sua temática e sua construção percebe-se que:


A) A repetição da expressão mostra que determinados elementos (listados ao longo do texto) não têm espaço na poesia e, por isso, não são tratados nela.

B) A repetição da expressão mostra que questões sociais devem ser temas discutidos em poemas.

C) A repetição da expressão mostra a necessidade de uma poesia mais refinada, que aborde assuntos sublimes e não questões da vida cotidiana.

D) Nenhuma das alternativas.


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