PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (7)
- (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE 2012)
Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in naturanos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...]
Claudio de Moura Castro
Revista Veja - set., 2012 - Com adaptações.
O texto revela a preocupação do autor com estragos causados ao meio ambiente. Essa preocupação é gerada sobretudo pela insatisfação com
A) as pressões de leis punitivas impostas aos pobres isolados na floresta amazônica.
B) o entrave financeiro enfrentado pelos municípios no que tange ao tratamento de esgotos, o que gera impotência à ação dos dirigentes.
C) a fragilidade das leis governamentais por falta de diretrizes administrativas adequadas no que concerne à execução dessas leis.
D) o desconhecimento dos cidadãos a respeito de leis sobre a preservação do meio ambiente.
E) a apatia generalizada dos economistas no contexto das leis ambientais.
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