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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (7)


EXERCÍCIOS - Exercício 105

  • (IDECAN 2013)

Menos Estado, mais inclusão
A questão da participação do Estado na economia brasileira causa grandes emoções e forte polarização ideológica.
O argumento mais usado para justificar o continuado aumento da participação estatal na economia é a grande desigualdade no país e a necessidade de o Estado atuar como distribuidor de renda e promotor de igualdade.
É um argumento que merece análise séria.
O governo Lula é exemplo sempre citado de aumento bem-sucedido de intervenção estatal na eliminação da desigualdade. Existiu, de fato, ampla inclusão social no período, propiciada por dois grandes fatores – o Bolsa Família e a geração de emprego. Nenhum deles dependeu necessariamente do aumento do Estado.
O Bolsa Família representa só cerca de 0,5% do PIB numa arrecadação total acima de 35%. Ele pode ser facilmente financiado com parcela pequena da arrecadação maior de impostos oriunda do crescimento econômico, sem elevar a participação estatal na economia. Já a grande geração de emprego se deveu principalmente à estabilização econômica, baseada no controle da inflação e dos gastos públicos.
A hiperinflação e as crises periódicas eram resultado direto do descontrole financeiro do Estado e de gastos excessivos, financiados em boa parte por expansão monetária.
A Lei de Responsabilidade Fiscal e a implantação do sistema de metas de inflação, superávits primários e câmbio flutuante, na década de 1990, modernizaram a estrutura institucional. Na década seguinte, o governo Lula promoveu a histórica estabilização da economia.
A forte contenção de gastos instituída já nos seus primeiros anos, aliada a uma política monetária austera em todo o período, com inflação controlada, redução de dívida pública e acumulação de reservas, foram fundamentais para a estabilização. A confiança e o horizonte de planejamento das famílias e das empresas aumentaram, puxando crédito, investimentos e produção, que resultaram na criação impressionante de empregos.
Foi essa geração de empregos a maior promotora da redução da desigualdade, com integração de dezenas de milhões de pessoas à classe média e encolhimento da classe E. Já o aumento do Estado, com redução das taxas de crescimento, gera menos empregos e também menos recursos excedentes aos programas sociais.
Portanto, temos que nos libertar da confusão recorrente entre uma administração pública que promove redução da desigualdade e inclusão social de uma administração estatizante que diminui a capacidade produtiva da economia e compromete esses benefícios, como mostra a experiência mundial.
(Henrique Meirelles. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/henriquemeire... .)

Acerca do conteúdo do trecho “ A Lei de Responsabilidade Fiscal e a implantação do sistema de metas de inflação, superávits primários e câmbio flutuante, na década de 1990, modernizaram a estrutura institucional. " (7º§), é correto afirmar que


A) mostra as causas da hiperinflação e das crises periódicas, que minavam a estabilidade econômica do Brasil.

B) alude às razões que, em si mesmas, foram capazes de promover a distribuição de renda e o crescimento econômico.

C) sugere que as ações do governo Lula no campo da economia apenas deram continuidade às ações de governos anteriores.

D) apresenta uma crítica velada a governos anteriores, que, mesmo com um bom aparato legal, não foi capaz de realizar mudanças necessárias.

E) constitui uma indicação do bom trabalho de governos anteriores no campo da economia, que contribuiu para a promoção das mudanças futuras.


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