Engenharia de pescaPiscicultura
- (NC-UFPR 2017)
Suponha que você seja o responsável por uma estação de reprodução e de produção de alevinos para utilização em um programa de conservação ambiental de uma empresa de geração de energia elétrica. Um certo dia, no final da primavera, você é alertado pelo seu auxiliar direto que os peixes do viveiro 3 (de 2.000 m 2 de área total), onde se encontram reprodutores de Rhamdiopsis moreirai , uma espécie sob risco de extinção, estão apresentando sintomas da doença dos pontos brancos (ictiofitiríase), também conhecida como “íctio”. Não há a mínima evidência da doença nos outros 4 viveiros (de mesma dimensão do viveiro 3 da estação de piscicultura). Pesquisando na literatura, você obtém os seguintes dados: “ O Ichthyophthirius multifiliis é um protozoário com ciclo vital de 3 fases: Uma fase encistada no peixe produzindo os ‘pontos brancos’, também conhecida como ‘trofonte’ e de difícil combate. Uma outra forma, chamada ‘tomonte’, também de difícil controle, que abandona o peixe e se encista no fundo do viveiro, multiplicando-se e liberando milhares de formas livres. Essas frágeis formas livre-nadantes (teronte) precisam encontrar outro peixe para se encistar em 3 dias ou morrerão...” . A doença contamina facilmente outros viveiros, levada pela água, redes de despesca, aves ou mesmo pelos tratadores. A formalina, o hipoclorito de sódio e até mesmo o aumento de temperatura da água acima de 30 ºC são os tratamentos descritos na literatura como formas de se combater a doença. Diante disso, qual a conduta adequada a ser adotada?
A) Diminuição das altas densidades do viveiro dos reprodutores, para diminuir o estresse a que os animais estão submetidos, movimentando parte do lote para outros viveiros, melhorando a aeração e o manejo nos novos viveiros e monitorando diariamente os animais. Esgotamento, secagem e calagem imediatas do viveiro 3.
B) Aumento de temperatura do viveiro 3 para mais de 30 ºC. Manutenção dos peixes em quarentena por pelo menos 3 dias no próprio viveiro, antes de movimentá-los para outros viveiros, diminuindo-se então a densidade de estocagem.
C) Despesca e transferência imediata dos peixes para tanques de 10.000 m 3 , construídos de alvenaria, sem qualquer contato com o solo, para eliminar a fase tomonte. Uso de formalina por 3 dias, para eliminar a fase teronte. Aumento das taxas de arraçoamento dos peixes infectados, para que tenham sua resistência imunológica aumentada, e assim o próprio organismo possa combater a fase trofonte.
D) Isolamento do viveiro 3, considerando-o em quarentena. Uso de formalina em doses previamente recomendadas pela literatura para o tratamento dos animais pelo tempo necessário até que os sintomas da doença desapareçam.
E) Eliminação, o mais rápido possível, de todos os peixes do viveiro 3, para evitar que os peixes dos demais viveiros venham a ser infectados. Desinfecção do viveiro através de secagem e uso de hipoclorito de sódio, para garantir que a doença seja completamente eliminada da estação de piscicultura.
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