PortuguêsConcordância verbal concordância nominal (4)
- (FCC 2019)
O inexpugnável mistério
Aceitemos de bom grado a tese formulada pelo físico nuclear dinamarquês Niel Bohr, segundo a qual “a tarefa da ciência é reduzir todos os mistérios a simples trivialidades”. Aceitemos também a conjectura de que, com o tempo e com um trabalho sem tréguas, os cientistas tenham conseguido levar a cabo essa tarefa da ciência, e todos os mistérios do mundo – da origem da vida à relação entre a mente e o cérebro – tenham afinal rendido os seus segredos e se revelado ao olhar humano naquilo que são: trivialidades perfeitamente inteligíveis na ordem natural das coisas.
Pois bem. Terminada a tarefa da ciência, restará ainda um derradeiro enigma diante do qual ela não tem, nem poderá vir a ter, o que dizer: o mistério da trivialidade de tudo. Em outras palavras: a ciência não saberá explicar a razão de ser de todas as trivialidades que compõem o nosso misterioso mundo.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos . São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 27)
As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
A) Não se esperem que os enigmas sejam todos resolvidos.
B) Sempre haverão teses insólitas que causarão dúvidas entre os físicos.
C) Não merece crédito dos físicos modernos a postulação desses cientistas.
D) Mesmo que se dessem resolução aos mistérios, restaria o maior deles.
E) Caso se proponham aos cientistas nucleares essa dúvida final, como responderão?
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