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EXERCÍCIOS - Exercício 396

  • (NC-UFPR 2017)

Baixa estatura, mobilidade reduzida e articulações inflamadas podem não vir _____ mente quando se pensa na sobrevivência do mais apto. Mas a evolução humana pode sugerir outra interpretação. Em novo estudo, pesquisadores constataram que, _____ medida que os humanos primitivos migravam para os climas mais frios do norte, uma mutação genética que reduz a altura em cerca de um centímetro e eleva o risco de osteoartrite em 80% pode tê-los ajudado _____ sobreviver _____ mais recente era glacial. Embora algumas características dessa mutação possam parecer desfavoráveis agora, elas eram vantajosas para os primeiros humanos _____ se aventurarem fora da África há cerca de 60 mil anos. [...]  A estatura reduzida pode ter ajudado esses humanos pré-históricos a reter calor e impedir a queimadura do frio das extremidades, asseguram os autores. A mutação também pode ter reduzido o risco de fraturas ósseas mortais causadas por quedas nas superfícies geladas. Mas o mesmo gene eleva o risco de artrite na era moderna quando vivemos muito além da idade reprodutiva. O estudo examinou variantes do gene GDF5, [...] conhecido por estar envolvido no crescimento ósseo e na formação das articulações. Os pesquisadores queriam compreender como as sequências de DNA ao seu redor podem afetar a expressão do gene, concentrado na região que batizaram de GROW1. Depois de analisar a sequência GROW1 no banco de dados do Projeto dos Mil Genomas, uma coleção de sequências de populações humanas do mundo inteiro, os pesquisadores identificaram uma mudança em um nucleotídeo, o material básico do DNA. A alteração predomina entre europeus e asiáticos, mas é rara em africanos. Para ver se a mutação era casual ou se realmente provocou baixa estatura, eles testaram a mudança no nucleotídeo em camundongos e viram que ela reduzia o tamanho dos ossos longos, da mesma forma como se acredita que ocorre em humanos. [...]  “A própria abundância da mudança significa que ela poderia contribuir em vários casos de artrite”, dizem os pesquisadores. Um paradoxo evolutivo similar pode ser visto na anemia falciforme, enfermidade em que um número baixo de glóbulos vermelhos dificulta o transporte adequado de oxigênio pelo organismo. Uma variante genética causa um índice elevado da doença em populações africanas, mas ela foi favorecida porque também confere proteção contra a malária. (Aneri Pattani, 23/07/2017. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/the-new-york-times/2017/07/23/como-a-baixa-estatura-ajudou-nossos-ancestrais-a-sobreviverem-a-era-do-gelo.htm .) De acordo com o texto, os pesquisadores chamaram de “paradoxo evolutivo” o fato de:


A) a mutação estar presente em mais de 50% da população da Europa e ser rara em africanos.

B) a evolução desenvolver como vantajosa uma mutação que em outros aspectos se mostrará desfavorável.

C) os humanos primitivos terem migrado da África, trocando os climas quentes pelos climas mais frios do norte.

D) ter sido identificada uma mutação no material básico do DNA.

E) a mudança do nucleotídeo em camundongos ocorrer da mesma forma que em humanos, reduzindo o tamanho dos ossos.


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