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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (6)


EXERCÍCIOS - Exercício 86

  • (FCC 2014)

Atenção: Considere o texto abaixo para responder a questão.

Quando Nelson Mandela criou o grupo The Elders (Os Anciãos) para promover a paz e os direitos humanos em todo o mundo, ele nos desafiou a ser ousados e a dar voz àqueles que não a têm. Nenhuma questão exige essas qualidades mais do que nossa incapacidade coletiva de lidar com os problemas das mudanças climáticas.

Estas são o maior desafio da nossa era. Elas ameaçam o bem-estar de centenas de milhões de pessoas agora e de muitos bilhões no futuro. Elas destroem o direito humano a alimentação, água, saúde e abrigo – causas pelas quais temos lutado toda a nossa vida. Ninguém nem nenhum país escapará do seu impacto. Mas são aqueles sem voz – porque já são marginalizados ou aindanão nasceram – que se encontram em maior risco. Temos um dever moral urgente de falar em seu nome.

Dado o peso notório das evidências, pode ser difícil entender por que continuamos avançando lentamente na ação coordenada necessária para reduzir as emissões dos gases de efeito estufa. O último relatório dos especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas afirma claramente que o aquecimento do sistema climático é “inequívoco” e o comportamento humano é muito provavelmente sua causa dominante.

Temos visto nos últimos meses o aumento de eventos de clima extremo, sobre os quais os especialistas chamam a atenção. Os custos já são avultados e, por esse motivo, o Banco Mundial, o FMI e a Agência Energética Intercontinental se juntaram à comunidade científica para alertar sobre os riscos que estamos correndo. Já não são somente os ambientalistas que fazem soar os alarmes. E, todos os anos, a nossa incapacidade em agir nos deixa mais próximos de um ponto sem volta, no qual os cientistas receiam que as mudanças climáticas possam se tornar irreversíveis.

Muitos dos Anciãos já foram responsáveis por governos. Não cometemos o erro de pensar que tratar das mudanças climáticas é uma questão fácil. Mas sabemos que existem momentos em que, independentemente das dificuldades do panorama imediato, os líderes precisam mostrar coragem e ousadia. Este é um dos momentos. Chegamos a uma encruzilhada. Em uma direção, um legado

terrível pode ser passado para nossos netos e bisnetos. De outro lado, está a oportunidade de dar os primeiros passos em direção a um mundo mais justo e sustentável. Não queremos que as gerações futuras digam que falhamos.

(Adaptado de: ANNAN, Kofi. Ex-Secretário Geral da ONU. O Estado de S. Paulo , A14, Internacional, 24 de janeiro de 2014)



O autor


A) baseia sua exposição em dados de especialistas, referentes a eventos climáticos extremos, criticando a falta de medidas rápidas e eficazes para o controle do efeito estufa.

B) defende a participação de líderes, apontados pelos especialistas e pelos órgãos de proteção ambiental, em decisões governamentais de controle do efeito estufa.

C) censura as falhas de órgãos responsáveis pela manutenção do equilíbrio ambiental, bastante comprometido, a partir de evidências apontadas por especialistas da área.

D) se vale de sua experiência pessoal, como responsável pelo atendimento a populações vítimas de catástrofes provocadas pelas mudanças climáticas no mundo todo.

E) desenvolve seu raciocínio com o apoio de governantes mais velhos, cuja experiência na resolução de problemas derivados das mudanças climáticas deve ser valorizada.


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