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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (14)


EXERCÍCIOS - Exercício 466

  • (VUNESP 2019)

Houve um tempo em que o jornalismo investigativo vivia de entrevistas confidenciais que pessoas bem informadas sobre algum assunto de interesse davam a repórteres em que confiavam, em troca de não terem sua identidade revelada.

Eram tempos em que uma caneta, um bloquinho e uma agenda de telefones privilegiada constituíam todo o básico de investigação de qualquer jornalista. Um profissional sério desprezava até os gravadores de fita cassete, que, em geral, intimidavam os entrevistados. A palavra gravada precisava ser cuidadosamente medida e calculada. Em off , a conversa corria mais solta. Assim nasciam os grandes furos.

Por óbvio, naquele tempo já havia pequenos aparelhos desenvolvidos pelas agências de espionagem internacionais que permitiam instalar dispositivos de gravação e filmagem disfarçados de abajures, canetas, óculos e até botões de roupa. Nada disso, porém, era de fácil acesso às pessoas comuns – o que só mudaria com o advento dos smartphones , a partir do final da década de 1990.

A cumplicidade entre internet e dispositivos móveis de captação de som, imagem e informação, com a possibilidade de retransmissão instantânea do material captado, alterou de vez a relação entre o homem moderno e seu ambiente social. Começava, nesse momento, a grande derrocada da privacidade como a conhecemos um dia.

A primeira rede social via internet nos moldes atuais, a Classmates , surgiu em 1995, nos Estados Unidos e Canadá. Era voltada para a troca de informações entre estudantes universitários. Desde então, as redes se multiplicaram e acabaram por se transformar nos principais polos de disseminação de informação do planeta. A maior rede disponível hoje, o Facebook, foi criada em 2004 por estudantes de Harvard e reúne mais de 2,2 bilhões de usuários, entre pessoas reais, perfis falsos e robôs.

Por meio das redes, a indústria e o comércio sabem o que mais consumimos, presidentes são eleitos e derrubados, e os pecados que gostaríamos de ver escondidos são tornados públicos.

O onipresente olho nos acompanha a cada passo que damos, reconhecendo-nos quando circulamos, pretensamente anônimos, em meio às multidões dos blocos carnavalescos.

(Luiza Pastor. Redes sociais destruíram ideia de privacidade, diz pesquisadora. www1.folha.uol.com.br, 28.06.2019. Adaptado)


A autora do texto afirma que


A) os smartphones são os responsáveis pelo declínio da privacidade, já que podem enviar para a internet conteúdos que foram capturados pelo próprio aparelho.

B) estudantes universitários são responsáveis pelos grandes escândalos que estampam as páginas dos jornais, já que são os criadores das redes sociais.

C) as redes sociais concebidas na América do Norte tornaram possível a qualquer cidadão invadir a privacidade alheia e manipular dados inverídicos, fazendo-os parecer verdadeiros.

D) o fim do século XIX e o começo do século XX representam o momento de maior efervescência na discussão dos limites da privacidade.

E) o material que se encontra escrito nas redes sociais tem menor poder do que a palavra gravada, devido à maior credibilidade do que é registrado em áudio e/ou vídeo.


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