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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (13)


EXERCÍCIOS - Exercício 286

  • (FCC 2019)

O paradoxo da promessa

Em que circunstâncias alguém se exalta e defende com ardor uma opinião? “Ninguém sustenta fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode demonstrar que isso é uma verdade”, observa Bertrand Russel. O ânimo persuasivo só recrudesce e lança mão das artes e artimanhas da retórica apaixonada quando se trata de incutir opiniões que são duvidosas ou demonstravelmente falsas.

O mesmo vale para o ato de prometer alguma coisa. O simples fato de que uma promessa precisa ser feita com toda a ênfase indica a existência de dúvida quanto à sua concretização. Só prometemos acerca do que exige um esforço extra da vontade. E quanto mais solene ou enfática a promessa – “Te juro, meu amor, agora é pra valer!” – mais duvidosa ela é: protesting too much (‘proclamar excessivo’), como dizem os ingleses. “Só os deuses podem prometer, porque são imortais”, adverte o poeta.

(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Trópicos utópicos . São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 26)


Deve-se entender, segundo a fundamentação apresentada no texto, que uma promessa


A) produz seus efeitos toda vez que formulada com recursos de uma retórica vibrante.

B) terá cumprimento à medida que seu sujeito tenha vontade de cumpri-la.

C) costuma indicar não o seu cumprimento, mas a dificuldade de efetivação dele.

D) é por vezes tão frágil em si mesma que os próprios deuses não têm como cumpri-la.

E) vale muitas vezes mais do que uma opinião que não possa ser comprovada.


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