PortuguêsCoesão e coerência (3)
- (FCC 2018)
Gatos, cães e gêneros literários
Ao contrário dos cães, gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Não por acaso, um ditado chinês diz: “O cachorro é um romance, e o gato, um poema".
Nesse sábio ditado oriental reside uma delicada definição de gêneros literários. Pense no cotidiano de um cão: as peripécias, o corre-corre, os momentos de exaltação e melancolia, ganidos de dor, saltos estabanados, ataques de raiva... Agora imagine o discreto cotidiano de um gato: a pose hierática, a atitude ensimesmada, o salto sem ruído, a expressão misteriosa do olhar, a repetição dos gestos, o olhar em transe, fitando as asas de um inofensivo beija-flor... O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês .
(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita . São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209)
A frase O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinêsencontra outra redação, igualmente correta e coerente com o sentido original, no seguinte caso:
A) A poesia subjetiva, que o gato elabora vai de encontro ao que repete o ditado chinês.
B) No ditado chinês, confirma-se o mistério que o gato costuma refutar.
C) Alude-se no provérbio chinês, que cabe ao gato confirmar sua indisposição íntima.
D) A subjetividade poética incorporada pelo gato confirma a máxima chinesa.
E) O ditame chinês é reiterado pelo gato onde este fortalece a poesia lírica.
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