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PortuguêsCoesão e coerência (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 453

  • (FCC 2018)

Gatos, cães e gêneros literários

Ao contrário dos cães, gatos não fazem festa nem estardalhaço, não são excessivamente carentes de afeto, podem dormir e sonhar por um século e esquecer o mundo ao redor. Não por acaso, um ditado chinês diz: “O cachorro é um romance, e o gato, um poema".

Nesse sábio ditado oriental reside uma delicada definição de gêneros literários. Pense no cotidiano de um cão: as peripécias, o corre-corre, os momentos de exaltação e melancolia, ganidos de dor, saltos estabanados, ataques de raiva... Agora imagine o discreto cotidiano de um gato: a pose hierática, a atitude ensimesmada, o salto sem ruído, a expressão misteriosa do olhar, a repetição dos gestos, o olhar em transe, fitando as asas de um inofensivo beija-flor... O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinês .

(Adaptado de: HATOUM, Milton. Um solitário à espreita . São Paulo: Companhia das Letras, 2013, p. 209)


A frase O gato encarna uma subjetividade lírica que reitera o ditado chinêsencontra outra redação, igualmente correta e coerente com o sentido original, no seguinte caso:


A) A poesia subjetiva, que o gato elabora vai de encontro ao que repete o ditado chinês.

B) No ditado chinês, confirma-se o mistério que o gato costuma refutar.

C) Alude-se no provérbio chinês, que cabe ao gato confirmar sua indisposição íntima.

D) A subjetividade poética incorporada pelo gato confirma a máxima chinesa.

E) O ditame chinês é reiterado pelo gato onde este fortalece a poesia lírica.


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