PortuguêsInterpretação de textos (7)
- (FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE 2008)
Mesmo a ocupação planejada da Amazônia, baseada nas premissas do desenvolvimento sustentável, pode ser prejudicada por uma das maiores pragas que grassam no nosso País: a corrupção. Uma investigação da organização ambientalista Greenpeace indica que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) distribuiu terras da Floresta Amazônica para assentados em reforma agrária que depois venderam direitos de exploração da área para grandes madeireiras.
Segundo o jornal britânico The Independent, que divulgou em primeira mão a descoberta, em 2006, o Incra criou 97 “assentamentos de desenvolvimento sustentável em Santarém, no oeste do estado do Pará, em áreas florestais de grande valor para madeireiros”. O jornal informa que “os assentamentos cobrem 2,2 milhões de hectares e foram designados para 33.700 famílias”. Entretanto, os assentados são cartas marcadas, laranjas escolhidos a dedo que estão a serviço dos corruptos. Ao receber as terras, vedem seus direitos de exploração da madeira para grandes madeireiras, as quais obtêm acesso a árvores valiosas.
Além da corrupção, a falta de recursos para patrulhar e proteger as áreas contribuiu com o saque da maior floresta equatorial do planeta. As reservas indígenas são roubadas freqüentemente, à custa, muitas vezes, de massacres de seus proprietários.
De acordo com o texto, pode-se inferir que:
A) os ambientalistas se acomodam por acreditar que o país faz uma política agrária adequada e justa.
B) o governo tem se empenhado, contando com a grande atuação do Incra no caso dos assentamentos.
C) os assentados são todos conscientes e têm se portado com dignidade, cumprindo assim o seu papel.
D) a imprensa relata fatos sensacionalistas com intenção de comprometer o programa do governo.
E) a Amazônia ainda não foi entendida verdadeiramente como uma das possíveis soluções para engrandecer o Brasil.
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