PortuguêsInterpretação de textos (7)
- (FCC 2011)
Os ecos da Revolução do Porto haviam chegado ao Brasil e bastaram algumas semanas para inflamar os ânimos
dos brasileiros e portugueses que cercavam a corte. Na manhã de 26 de fevereiro, uma multidão exigia a presença do
rei no centro do Rio de Janeiro e a assinatura da Constituição liberal. Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali,
D. João mandou fechar todas as janelas do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.
Pouco depois chegou o Príncipe D. Pedro, que passara a madrugada em conversas com os rebeldes. Vinha
buscar o rei. D. João estava apavorado com a lembrança da ainda recente Revolução Francesa. Apesar do medo,
D. João embarcou na carruagem que o aguardava e seguiu para o centro da cidade. A caminho, no entanto, percebeu
que, em lugar de ofensas e gritos de protestos, a multidão aclamava seu nome. Ao contrário do odiado Luís XVI, o rei
do Brasil era amado e querido pelo povo carioca.
(Adaptado de Laurentino Gomes, 1808. São Paulo: Planeta, 2007)
Ao ouvir as notícias, a alguns quilômetros dali, D. João mandou fechar todas as janelas do palácio São Cristóvão, como fazia em noites de trovoadas.(1 oparágrafo)
Com a afirmativa acima, o autor
A) sugere, de modo indireto, que o rei havia se alarmado com a informação recebida.
B) utiliza-se de ironia para induzir o leitor à conclusão de que seria mais do que justo depor o rei.
C) exprime uma opinião pessoal taxativa a respeito da atitude do rei diante da iminência da Revolução do Porto.
D) critica de modo inflexível a atitude do rei, que, acuado, passa o poder para as mãos do filho.
E) demonstra que o rei era dono de uma personalidade intempestiva, que se assemelhava a uma chuva forte.
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