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PortuguêsAnálise sintática


EXERCÍCIOS - Exercício 438

  • (CONSULPAM 2014)

CONTINHO

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho , do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um gordo vigário a cavalo:

_ Você aí, menino, para onde vai essa estrada?

_ Ela não vai, não: nós é que vamos nela.

_ Engraçadinho duma figa! Como se chama?

_ Eu não me chamo não, os outros é que me chamam de Zé.

(Paulo Mendes Campos. Crônica 1. São Paulo: Ática, 2002.p.76 )


O contista joga com particularidades muito pontuais dos verbos “ir” e “chamar-se”. Identifique a opção que identifica essas particularidades.


A) O verbo IR, intransitivo, gramaticalmente só admite sujeito, sem complementos, portanto “estrada” é o sujeito de “ir” e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo direto, em que “me” aparece como objeto direto.

B) O verbo IR, intransitivo, gramaticalmente só admite sujeito, sem complementos, portanto “estrada” é o sujeito de “ir” e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo indireto, em que “me” aparece como objeto direto.

C) Há um problema semântico com o verbo IR, pois o sujeito desse verbo, na fala do vigário, seria inanimado, tomado pelo menino no sentido literal, ou seja, uma estrada não pode ir a lugar algum e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo direto, em que “me” aparece como objeto direto.

D) Há um problema semântico com o verbo IR, pois o sujeito desse verbo, na fala do vigário, seria inanimado, tomado pelo menino no sentido literal, ou seja, uma estrada não pode ir a lugar algum e; o verbo CHAMAR-SE é tomado pelo menino como “chamar”, transitivo indireto, em que “me” aparece como objeto direto.


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