PortuguêsAnálise sintática
- (CONSULPLAN 2015)
Recomeço: a vida dos refugiados sírios em São Paulo
Em março deste ano, cinco meses antes da imagem do corpo do menino Aylan Kurdi , de três anos, estirado nas
areias da praia de Bodrum dar um tapa na cara da humanidade, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, o
português Antônio Guterres , classificou a guerra civil da Síria como “a pior crise humanitária da nossa era" – ou pelo
menos a mais grave pós‐Segunda Guerra. Em quatro anos e meio, o conflito insano que destruiu o país árabe deixou
mais de 250.000 mortos e espalhou 4 milhões de refugiados pelo mundo – 25% deles menores de idade. Do grupo que
arriscou cruzar o Atlântico rumo às Américas, a maioria desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na
região metropolitana de São Paulo. No Brasil, o primeiro destino foi bater à porta da mesquita de Guarulhos, a 10
quilômetros de onde aterrissaram, em busca de abrigo.
Foi esse o caminho percorrido no ano passado por Marah Khamis , de 23 anos, ao lado do marido, dos pais e de três irmãs, que deixaram Damasco depois que um familiar desenvolveu um câncer em consequência de uma bomba química. Os bens foram convertidos em passagens aéreas para o Brasil. Desembarcaram com poucas malas e economias suficientes para algumas semanas. O único endereço em mente era a mesquita de Guarulhos, onde foram acolhidos e se juntaram a cerca de 150 conterrâneos que seguiram o mesmo itinerário – hoje, o país contabiliza 2.077 refugiados sírios, segundo a ONU.
Uma tragédia também foi o motivo que trouxe ao Brasil a síria Fateh Saymeh , de 29 anos, o marido, Mohamed Saymeh , e as duas filhas de cinco anos. “Minha casa explodiu na minha frente", lembra Fateh , de fala calma e serena ante as memórias da guerra. A indignação fica por conta do marido, que assumiu uma dura rotina para sustentar a família. Saymeh é funcionário de um restaurante das 9h às 18h, o que lhe rende 1.000 reais por mês – dinheiro que tem como destino o aluguel da casa. Para complementar a renda, ele trabalha na Feira da Madrugada, no Brás. Embora ainda não consiga se comunicar em português, ele já aprendeu a pronunciar as únicas palavras que definem sua realidade – e a de milhares de brasileiros: “Muito cansado".
Foi esse o caminho percorrido no ano passado por Marah Khamis , de 23 anos, ao lado do marido, dos pais e de três irmãs, que deixaram Damasco depois que um familiar desenvolveu um câncer em consequência de uma bomba química. Os bens foram convertidos em passagens aéreas para o Brasil. Desembarcaram com poucas malas e economias suficientes para algumas semanas. O único endereço em mente era a mesquita de Guarulhos, onde foram acolhidos e se juntaram a cerca de 150 conterrâneos que seguiram o mesmo itinerário – hoje, o país contabiliza 2.077 refugiados sírios, segundo a ONU.
Uma tragédia também foi o motivo que trouxe ao Brasil a síria Fateh Saymeh , de 29 anos, o marido, Mohamed Saymeh , e as duas filhas de cinco anos. “Minha casa explodiu na minha frente", lembra Fateh , de fala calma e serena ante as memórias da guerra. A indignação fica por conta do marido, que assumiu uma dura rotina para sustentar a família. Saymeh é funcionário de um restaurante das 9h às 18h, o que lhe rende 1.000 reais por mês – dinheiro que tem como destino o aluguel da casa. Para complementar a renda, ele trabalha na Feira da Madrugada, no Brás. Embora ainda não consiga se comunicar em português, ele já aprendeu a pronunciar as únicas palavras que definem sua realidade – e a de milhares de brasileiros: “Muito cansado".
(Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/recomeco‐a‐vida‐dos‐refugiados‐sirios‐em‐sao‐paulo. Acesso em: setembro de 2015.)
Dentre os termos destacados a seguir, assinale o que possui classificação diferente dos demais em relação à função sintática exercida.
A) “ Do grupo que arriscou cruzar o Atlântico [...] " (1º§)
B) “ [...] a maioria desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, [...] " (1º§)
C) “ No Brasil , o primeiro destino foi bater à porta da mesquita de Guarulhos, [...] " (1º§)
D) “ [...] o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados , o português Antônio Guterres, classificou a guerra civil da Síria [...] " (1º§)
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