Serviço socialDiversos (4)
- (UTFPR 2015)
A partir da aproximação do Serviço Social com a teoria marxista, é possível evidenciar duas questões: a primeira está vinculada à concepção do Serviço Social como trabalho e que reforça a discussão sobre o estatuto de assalariamento; e a segunda é a relevância do trato analítico na construção da intervenção profissional, uma vez que não há possibilidade de construção interventiva, sem a análise dos fenômenos sociais e sem tomar a realidade social como referência.
Em relação à primeira questão, entende-se que:
A) a profissão não pode ser pensada fora do modo de produção capitalista, uma vez que é produto histórico. As condições que circunscrevem o trabalho do assistente social expressam a dinâmica das relações sociais vigentes na sociedade.
B) o assistente social é proprietário de sua força de trabalho especializada. Ela é produto da formação universitária que o capacita a realizar um trabalho complexo. Essa mercadoria força de trabalho é uma potência, que só se transforma em atividade - em trabalho - quando aliado aos meios necessários à sua realização, grande parte dos quais se encontra monopolizado pelos empregados.
C) existe uma ingerência indireta, de parte dos empregadores, na definição do trabalho profissional, em conformidade com sua integral autonomia.
D) se verifica uma tensão entre o trabalho controlado e submetido ao poder do empregador, as demandas dos sujeitos de direitos e a relativa autonomia do profissional para perfilar o seu trabalho. Assim, o trabalho do assistente social encontra-se sujeito a um conjunto de determinantes externos que são controlados por ele e que lhe possibilitam ampliar as estratégias político-profissionais nos espaços ocupacionais.
E) é evidente que não há uma tensão entre o estatuto de assalariamento e o projeto ético-político profissional.
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