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PortuguêsCoesão e coerência


EXERCÍCIOS - Exercício 52

  • (FCC 2018)

Percursos

Não há dúvida de que uma linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos. Mas ninguém pode afirmar que seja também o melhor, o mais indicado, o mais proveitoso, por ser mais alegre, mais bonito ou mais surpreendente. Quem caminha pelas cidades sabe que há trajetos e trajetos: uns para a pressa, outros para animar o espírito. Numa época em que a velocidade se tornou uma espécie de paradigma geral, vale a pena experimentar alternativas para o nosso modo de atravessar os espaços e o tempo.

Imagino quantos motoristas presos num congestionamento não sonharão em abandonar o carro, ou quantos passageiros em deixar o ônibus, e sair à toa e a pé em busca de novos caminhos, desistindo de se submeter à ditadura do relógio e dos compromissos. Se ninguém faz isso, o desejo de libertação existe para todos. As grandes cidades, em vez de oferecerem espaços de circulação ou acolhimento, impõem-nos caminhos intransitáveis, paralisantes. Nosso estilo de vida levou-nos aos impasses urbanos que impositivamente configuram nossa rotina.

Dizia o poeta espanhol António Machado que o caminho se faz caminhando, que os caminhantes é que traçam e qualificam seu destino. Essa convicção deveria inspirar não apenas os responsáveis diretos pelo uso mais desfrutável do espaço urbano, mas todos aqueles que sentem seu compromisso com os rumos e o andamento da civilização .

(Hermínio Toledo, inédito )


É clara, coesa e correta a redaçãodeste livre comentário sobre o texto.


A) Tem motoristas que quando presos no trânsito congestionado chegam a sonhar em abandonar o carro, deixando-lhe no meio da pista e prosseguindo à pé.

B) Acaba sendo um mal hábito as pessoas se acostumarem a pegarem o carro para irem a qualquer lugar, inclusive àqueles que lhe são bem próximos.

C) Já é um lugar comum, dizer que a linha reta é o caminho mais próximo por que as pessoas parece não levar em conta de que outros podem ser mais desfrutáveis.

D) O poeta referido no texto lembra-nos, num poema seu, que somos todos responsáveis pelos caminhos que devemos abrir e passar a percorrer.

E) Tornando-se uma espécie de paradigma universal, a moderna velocidade nos impregna de urgências de cuja falta de sentido nem a todos costumam ocorrer.


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