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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (26)


EXERCÍCIOS - Exercício 18

  • (VUNESP 2022)

Realidade não passa de uma alucinação compartilhada
Não são poucos os neurocientistas que estão convencidos de que a percepção, e, em última instância, a própria realidade, não passa de uma alucinação controlada, mas, para não chocar muito o público, tendem a dizer isso em tom semijocoso. Anil Seth, autor de “Being You” (sendo você), diz com todas as letras que a alucinação é mesmo a base de nossa consciência. Apenas enfatiza que o termo “controlada” é uma parte importante da equação.
Manter-se vivo não é tarefa para amadores. Evitar predadores, encontrar sustento e reproduzir-se exige de cada animal que ele antecipe perigos e oportunidades. Da modesta ameba que percebe e busca alimentos aos sofisticados seres humanos, bichos, desenvolvemos sentidos como visão, audição e ecolocação que transformam instâncias da realidade em experiências subjetivas, as quais nos fazem agir de modo a reduzir as incertezas da vida.
Mas o mundo é um lugar complexo. Os sinais captados pelos sentidos vêm em quantidades brutais, cheios de descontinuidades, são frequentemente contraditórios e podem não significar nada sozinhos. Mas nossos cérebros organizam essa bagunça fazendo com que percebamos o mundo de acordo com suas expectativas prévias. O controle é muito mais de cima para baixo – isto é, o cérebro dizendo aos sentidos como as coisas devem ser percebidas – do que os sentidos informando livremente o cérebro.
Nesse contexto faz sentido descrever a percepção como uma alucinação. A realidade nada mais é do que aquelas percepções sobre as quais todos estamos de acordo. E a inversa também vale. O delírio é a percepção descontrolada.
Partindo disso, Seth escreveu um excelente livro, que, sem abusar do jargão da neurociência, oferece um interessante modelo para pensarmos a consciência.
(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/
helioschwartsman/2022/06/realidade-nao-passa-de-uma-alucinacao-compartilhada.shtml. 04.06.2022. Adaptado)

Conforme aponta o autor do texto,


A) a ideia corrente entre neurocientistas de que o cérebro teria algum controle sobre a compreensão da realidade é descabida.


B) as pesquisas em neurociência precisam evoluir muito antes que se possa fazer hipóteses sobre como percebemos o mundo.


C) o livro de Anil Seth representa um divisor de águas, ao trazer dados que contradizem o que defendiam outros neurocientistas.


D) o cérebro exerce papel intermediário e determinante para a forma como nossos sentidos irão apreender as coisas do mundo.


E) a teoria segundo a qual é diretamente por meio dos sentidos que percebemos o mundo ganha apoio entre os neurocientistas.



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