EnfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
- (FCC 2018)
O fragmento a seguir narra o depoimento de uma médica de uma UBS após um encontro assistencial com uma indígena da etnia Wajãpi.
Eu falei para ela que ela tinha que parar de fumar porque ela era diabética, hipertensa, e como ela fuma, aumenta muito a chance de ter um infarto. Eu falei para ela que ela não podia fumar[...]. Como médica é minha obrigação falar para as pessoas o que faz mal ou o que não faz mal para saúde. Ela disse que o “fumo” que ela usa é diferente: ‘Ah, mas é diferente do cigarro’. Aí ela falou também que nunca mais ia conseguir dormir porque ela ia parar de fazer as ‘obrigações’ dela. Os rituais deles, eles chamam de ‘obrigações’. Mas está escrito nos livros, se tem diabetes, hipertensão e ainda fuma o que for, tem que parar de fumar.
De acordo com o relato, e considerando os requisitos para uma abordagem familiar e comunitária, o encontro assistencial entre a usuária indígena e a médica apresenta problemas por conter
A) as características de um grupo social geral, na fala : Como médica é minha obrigação falar para as pessoas o que faz mal.
B) uma relativização da noção de normalidade na abordagem individual dentro da racionalidade biomédica, na fala: Mas está escrito nos livros, se tem diabetes, hipertensão e ainda fuma o que for, tem que parar de fumar .
C) equívocos sobre os fatores ambientais do fumo envolvido na fala: ‘ Ah, mas é diferente do cigarro’ .
D) menção à prevalência de diabetes e hipertensão na comunidade indígena, na fala: ... [...]. Como médica é minha obrigação falar para as pessoas o que faz mal ou o que não faz mal para saúde .
E) uma desconsideração do papel social da indígena na comunidade, na fala ... Aí ela falou também que nunca mais ia conseguir dormir porque ela ia parar de fazer as ‘obrigações’ dela ... .
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