PortuguêsSignificação contextual de palavras e expressões. sinônimos e antônimos. (5)
- (FCC 2013)
Explicar não é justificar
Os gregos e os romanos aceitavam a escravidão porque não imaginavam que uma sociedade pudesse funcionar sem
escravos. Como o filósofo Sêneca, insistiam apenas em que se reconhecessem alguns direitos aos escravos: que fosse,
por exemplo, proibido utilizá-los com finalidades sexuais. Estamos na mesma posição quando se trata da pobreza. Estamos
convencidos de que uma sociedade justa deve procurar erradicá-la.
Mas, como não conseguimos conceber os meios que permitem atingir esse objetivo, aceitamos que uma sociedade comporte
grandes bolsões de pobreza. Em contrapartida, não hesitamos em condenar a prática da escravidão.
(Raymond Boudon, O relativismo.Trad. de Edson Bini. São Paulo: Loyola, 2010. p. 41)
Considere as seguintes afirmações:
I.O título do texto - Explicar não é justificar- aplica-se, por analogia, aos dois casos enfocados: o da escravidão, entre os antigos gregos e romanos, e o da pobreza, em nosso tempo.
II.Afirma-se no texto que não basta admitir a existên- cia de um mal para saná-lo e que é essa a razão pela qual até hoje se justifica e se legitima a prática do cativeiro.
III.O fato de condenarmos a escravidão não significa que deixemos de aceitar a injustiça que representa a existência de grandes bolsões de pobreza.
Em relação ao texto está correto o que se afirma em
A) I, II e III.
B) I e II, apenas.
C) I e III, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, apenas.
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