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PortuguêsRedação - reescritura de texto


EXERCÍCIOS - Exercício 389

  • (FCC 2015)

A fama de Auguste Saint-Hilaire não teve a projeção da de seu irmão Geoffroy, o continuador de Lamarck; o seu nome não figura, como o do outro, em todas as enciclopédias. Para nós, entretanto, a memória que importa, a que nos deve ser sobremodo cara é a do irmão menos ilustre. Nenhum estrangeiro deixou entre nós lembrança mais simpática.
Roquete Pinto narra o encantado interesse com que na fazenda dos seus avós devorava, adolescente, as páginas das Viagens . “Os livros de Auguste Saint-Hilaire", diz ele, “leem-se aos quinze anos como se fossem romances de aventuras, tão pitorescos são os aspectos e a linguagem que neles se encontram." E assinala o grande carinho, a bondade, a tão justa medida no louvor e na crítica das nossas coisas.
Essa obra formidável do sábio francês representa seis anos de viagens pelo nosso interior através de regiões muitas vezes inóspitas. Pelo desconforto dos nossos dias, apesar das estradas de ferro e do automóvel, podemos avaliar as dificuldades e fadigas de uma jornada a Goiás em 1816. Em dezembro de 1816 Saint-Hilaire partiu para Minas, que atravessou de sul a norte, furando depois até Boa Vista, então capital de Goiás.
Três vezes voltou Saint-Hilaire ao interior do Brasil: em 1818 ao Espírito Santo, onde percorreu as regiões mal-afamadas do rio Doce; em 1819 através de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, até a Cisplatina; finalmente em 1822 a São Paulo por uma larga digressão ao sul de Minas. Ao todo 2.500 léguas!
Por tudo isso, por tantos trabalhos, por tanta abnegação, tão lúcido afeto e simpatia, e para diferenciá-lo do irmão, mais mundialmente glorioso, podemos chamar Auguste Saint-Hilaire o “nosso" Saint-Hilaire.
Escrevia sem sombra de ênfase nem pedantismo. A propósito de suas Lições de morfologia vegetal , escreveu Payer, citado pelo sr. Tobias Monteiro: “Um dos característicos da obra de Saint-Hilaire é ser exposta com tanta clareza e simplicidade que a profundeza do julgamento parece apenas bom senso".
Precisamos ler muitos homens como Auguste SaintHilaire.
(Adaptado de: BANDEIRA, Manuel. O “nosso" Saint-Hilaire. Crônicas da província do Brasil. 2.ed. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.199-202)
Ao se reescrever livremente um segmento do texto, a frase cuja REDAÇÃO se manteve inteiramente clara e correta é:


A) Se Auguste Saint-Hilaire não foi tão famoso como seu irmão Geoffroy, o continuador de Lamarck, se não encontramos o seu nome, como o dele, em todas as enciclopédias, a recordação importante para nós, a que precisa de ser particularmente estimada, a recordação do irmão menos célebre.

B) Tendo em vista o desconforto de que ainda experimentamos em nossos dias, conquanto hoje temos as estradas de ferro e o automóvel, podemos avaliar o quão difícil e cansativo devia ser viajar à Goiás em 1816.

C) Uma característica fundamental da obra de Saint-Hilaire tem haver com a exposição particularmente clara e simples, cuja profundidade do julgamento se assemelha à simples bom senso.

D) Não apenas devido a seus muitos trabalhos e devotamento, lúcida afeição e simpatia, mas também com o objetivo de distingui-lo do irmão, muito mais ilustre em todo o mundo, podemos nos referir a Auguste Saint-Hilaire como o “nosso" Saint-Hilaire.

E) Seis anos de viagens pelo interior do país por meio de regiões frequentemente inóspitas, cujas estão representadas nessa obra iminente do sábio francês.


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