PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (26)
- (UFMT 2022)
Quem se pergunta por que de repente velhos conhecidos começam a tagarelar sobre chemtrails , ou a acusar
Bill Gates de querer, furtivamente, implantar chips na humanidade através da vacinação, encontram aqui
pelo menos parte da resposta.
Quando os algoritmos recomendam novos conteúdos, para eles tanto faz quanta verdade contenham e o que
desencadeiem nos usuários. Decisivo é apenas: o usuário permanece no site? Para monetizar nossa atenção,
conteúdos cada vez mais extremos tendem a ser mais reforçados, numa espécie de espiral descendente
movida à tecnologia. E a "voz da razão", talvez um tanto mais monótona, fica de fora.
Ativistas designaram esse modelo de negócios com a fórmula hate for profit – ódio traz lucro. Mesmo que
apenas um indivíduo em cada 100 seja receptivo a teorias de conspiração, o Facebook tem mais de 2 bilhões
de usuários em todo o mundo, e o Youtube, quase isso.
No entanto, as redes sociais, enquanto distribuidoras de informação centrais, direcionam o modo como
vemos o mundo. E enquanto, por um lado, conteúdos não comprovados e extremos são varridos das margens
da sociedade para seu interior; por outro, cada vez mais as informações pesquisadas e verificadas das mídias
estabelecidas desaparecem por trás dos paywalls de acesso pago.
(Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/opini%C3%A3o-redes-sociais-o-monstro-digital. Acesso em: 05/07/2022)
O enunciador desse texto tem como intencionalidade:
A) defender os ativistas que são contrários à fórmula hate for profit .
B) divulgar mecanismos de controle usados pelas redes sociais.
C) questionar o uso de algoritmos pelas redes sociais.
D) refutar argumento de senso comum acerca de controle da mente humana.
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