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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (26)


EXERCÍCIOS - Exercício 61

  • (VUNESP 2022)

Leia o texto para responder a questão.
Nossa má educação cria um abismo entre os brasileiros e as profissões do futuro
De tempos em tempos, vemos estudos e listas sobre as chamadas “profissões do futuro”. Elas nos enchem os olhos, com atividades incríveis e inspiradoras. Infelizmente a maior parte das pessoas jamais exercerá qualquer uma dessas carreiras, pois não tem elementos básicos em sua formação para desempenhar suas tarefas. Nosso sistema de ensino e nossa cultura não são organizados para oferecer a crianças, jovens e adultos as habilidades necessárias para isso.
Para as profissões que debutam com grande pompa e muitas novidades, naturalmente não existe formação específica. A escola precisa de um tempo para a criação de cursos, e isso só acontece depois que um novo ofício está consolidado. Portanto, se se almeja qualquer um desses incríveis trabalhos, a habilidade mais desejada é o amor pelo aprendizado. Com ela, o candidato descobrirá e fará muitos cursos específicos, para combinar seus conteúdos e construir o arcabouço intelectual necessário.
As “profissões do futuro” são tão incríveis porque elas saem do óbvio. Desafiam os indivíduos a pensar e a fazer diferentemente o que já existe ou criar algo completamente novo, que trará um grande benefício à sociedade.
A digitalização já afetou todas as profissões e esse é um movimento que cresce exponencialmente. Não há como resistir à mudança. Pelo contrário, qualquer que seja a área do ofício, o domínio de habilidades normalmente associadas às Exatas, como raciocínio lógico, análise de dados, entendimento de sistemas ou estatística ficam mais e mais importantes. Da mesma forma, habilidade de Humanas, como comunicação, pensamento crítico, trabalho em equipe e empatia também se tornam essenciais para trabalhadores de todas as áreas, e não apenas nas Humanidades.
Portanto as profissões que nascem são mais analíticas e inovadoras, e as que morrem são as mais operacionais e repetitivas. É por isso que nossas escolas precisam formar profissionais para o primeiro grupo, e não para o segundo. A discussão do futuro do trabalho deve passar necessariamente pela do futuro da educação.
(Paulo Silvestre. https://brasil.estadao.com.br/ . 01.02.2021. Adaptado)

O autor do texto discute


A) a demora das empresas brasileiras em acompanhar as transformações nos modos de produção na velocidade em que elas ocorrem.

B) a necessidade de cautela com uma possível reformulação do ensino com vistas a profissões que podem nem mesmo se consolidar.

C) o exagero em torno das novas profissões, que atribui à mera mecanização a aura de atividades que requerem distintas habilidades.

D) a maneira como antigas atividades são reinventadas para que possam se ajustar à educação ainda incipiente oferecida no Brasil.

E) a importância da reorganização do ensino escolar em vista das competências que estão passando a ser exigidas para o trabalho.


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