PortuguêsCoesão e coerência
- (FCC 2017)
A condição dos velhos
Nos cuidados com a criança o adulto “investe” para o futuro, mas em relação ao velho age com duplicidade e má-fé. A moral oficial prega o respeito ao velho, mas quer convencê-lo a ceder seu lugar aos jovens, afastá-lo delicada mas firmemente dos postos de direção. Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo. Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com cuidado “para o seu próprio bem”. Em privá-los da liberdade de escolha, em torná-los cada vez mais dependentes “administrando” sua aposentadoria, obrigando-os a sair de seu canto, a mudar de casa. Se o idoso não cede à persuasão, à mentira, não se hesitará em usar a força. Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus? A velhice, que é fator natural como a cor da pele, é tomada preconceituosamente pelo outro. E o velho não pode mais ensinar aquilo que sabe e que custou toda uma vida para aprender .
(Adaptado de: BOSI, Ecléa. Lembranças de velhos . São Paulo, T. A. Queiroz, 1979, p.36-37)
Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus?
Em relação a essa frase,
A) a retirada da partícula negativa em não pensam tem como consequência a inversão do sentido pretendido.
B) substituindo-se a forma abandonados por relegados , segue-se que se deva substituir em que por a que .
C) o emprego de seus caracteriza aqui um uso de pronome na função usual de um adjetivo.
D) a expressão pelos seus constitui exemplo de sujeito de voz passiva.
E) os termos Quantos e abandonados são exemplos de uma mesma função sintática.
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