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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (13)


EXERCÍCIOS - Exercício 294

  • (IF-SP 2019)

ROCK COM BANANA

Nem que seja apenas por uma questão cronológica: já é tarde demais para se ficar discutindo a validade ou não da informação rock na música brasileira. Há quase 20 anos pelo menos ela transita de maneira constante, misturada e confusa por diversos setores da juventude urbana do Brasil. O mínimo que se poderia fazer, agora, seria tentar entender o fenômeno: que trajeto segue o dado X, informação musical de procedência estrangeira, até ser incorporado ao arsenal de recursos da criação brasileira? Já se fez isso com a polka (ou polca) e schottisch (ou xote) – que, como todos sabem, deram no choro, no maxixe e, em certa medida, no samba. Já se fez também com o jazz (que deu na bossa-nova, se em mais nada). Mas o rock é muito recente. Ou será muito espinhoso, muito constrangedor?

Não há nenhum levantamento sistemático da trajetória do rock por terras brasileiras. Então, é preciso usar os elementos disponíveis: no caso, discos. Vinte anos depois, cada disco que se produz hoje no Brasil contendo algo de rock serve, no mínimo, como base para pesquisas e meditações. Para quem quer entender, é claro!

(BAHIANA, Ana Maria. Nada será como antes : MPB anos 70 – 30 anos depois. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2006).

Segundo Vanoye (2003), há mensagens em que não se percebe a presença do destinador, porque elas são produto de um processo de construção que busca a neutralização intencional do “eu”. Há, porém, mensagens em que o destinador manifesta claramente suas opiniões ou reações relativamente ao conteúdo de que trata; e ainda há aquelas em que a expressão pessoal intervém de maneira dissimulada. Isso considerado, com relação ao texto Rock com banana , podemos afirmar que:




A) a autora constrói o seu juízo sobre o rock na música brasileira, por meio da explicitação de sentimentos e reações a respeito desse tema, com expressões valorativas que amiúde ressaltam sua própria posição.

B) não há marcas relevantes de apagamento da subjetividade, visto que a autora assume claramente sua atitude em relação ao tema, ainda que faça uso de alguns poucos recursos de atenuação da expressão do “eu”.

C) não há marcas de atitude pessoal frente ao tema abordado, haja vista que o texto está inteiramente construído por torneios impessoais, recursos esses responsáveis pelo apagamento da presença do destinador.

D) o juízo da autora é frequentemente expresso por mecanismos de apagamento do “eu”, mas percebe-se que há certa atitude pessoal frente ao tema em razão de algumas marcas enunciativas precisas presentes no texto.


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