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- (FUNDATEC 2019)
O Brasil, após as eleições de 2018, continua produzindo relações de bipolaridade no âmbito do discurso, tanto nas redes sociais quanto nas figuras de representações políticas. Existem várias declarações que, para os historiadores e pesquisadores, não encontram respaldos historiográficos, tais como: “não houve ditatura no Brasil”, o “fascismo e o nazismo foram movimentos de esquerda”, “a esquerda brasileira quer reescrever a história”. Considerando que o professor de história deve relacionar a história cotidiana com a historiografia vigente, proporcionando um olhar crítico entre a vertente historiográfica e o que está apenas no mundo ideológico, no senso comum, assinale a alternativa que NÃO apresenta sustentação historiográfica, na visão do historiador Boris Fausto.
A) A relação de bipolaridade na história foi representada de forma objetiva por dois blocos econômicos, estabelecendo um estado de tensão internacional, causada por uma política sistemática de hostilidade entre duas nações, conflitos no mundo prático e ideológico, porém sem o uso de armas.
B) O nazismo foi articulado dentro da República Weimar, com vários partidos políticos e facções políticas, objetivando uma pressão contra o poder instituído.
C) Uma reflexão histórica conceitual sobre comunismo, socialismo, capitalismo e neoliberalismo é respaldada pelo modo de produção, pela dinâmica econômica e organização política vigente. Considerando algumas dessas características, temos hoje China, Cuba, Coreia do Norte e Vietnã como países com características conceituais socialistas.
D) Esse momento é de “espanto” porque a historiografia sempre comporta muitas intepretações e essas intepretações são as razões que levam de forma objetiva a entender que de fato não houve golpe em 64, que o comunismo e o socialismo são a mesma coisa, que existe um ponto de convergência entre fascismo e nazismo. A “marcha da família com Deus pela liberdade” mostrou os aspectos revolucionários da ditadura, a vontade nacional, portanto, devem-se respeitar as interpretações atuais, pois, de fato, não houve golpe.
E) Algumas vertentes ideológicas na atualidade tentam justificar uma perspectiva liberal econômica, tratando como perigosas tendências de esquerda, chamando-as socialista ou comunista. Contudo, essas justificativas já ocorreram no Brasil quando determinadas alas políticas olhavam com medo para a popularidade de João Goulart, considerando-o muito próximo do comunismo.
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