PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (6)
- (COPEVE-UFAL 2014)
O poste
“O Estado brasileiro historicamente negligencia diversas de suas funções éticas, entre elas a de promover a segurança pública. No Estado de Direito, que em essência impõe limites e deveres ao próprio Estado, isso é crime de omissão. Ainda assim, tal omissão não torna ilegítimos os governantes, uma vez que foram democraticamente eleitos pelo povo e que esse mesmo povo tem na ferramenta política do voto a capacidade de também afastá-los do poder. Totalmente ilegítima, isso sim, é a moda que no País está se instalando de práticas truculentas e criminosas que, demagogicamente, se pretendem justificar justamente pela omissão do Estado na área da segurança – como se um erro desculpasse outro erro. Entre tais práticas está o bárbaro espetáculo de linchamento de pessoas que são pegas, por exemplo, furtando ou causando acidentes no trânsito – foram 19 linchamentos nas duas últimas semanas em todo o Brasil, incluindo o de um motorista que perdeu a direção e atropelou alguém porque passou mal ao volante: teve um infarto, dava tempo de ser socorrido, mas morreu de tomar pancada. Qualquer cidadão tem o aval constitucional de conter alguém que esteja praticando um ato antissocial, só que em contrapartida tem o dever de acionar a polícia. Nem Estados de exceção outorgam a quem quer que seja a função de xerife de plantão para amarrar infratores em postes ou sobre formigueiros, como vem ocorrendo, e insuflar gente a linchar o amarrado.”
Antonio Carlos Prado. Revista Istoé , 28 fev. 2014. p. 98.
Qual o ponto de vista central defendido pelo autor ao longo do texto?
A) A negligência do estado brasileiro na promoção da segurança pública.
B) A imposição de limites e deveres, pelo Direito, ao próprio Estado.
C) O fato de se justificar práticas criminosas pela omissão do Estado na área da segurança pública.
D) A legitimidade dos governantes eleitos pelo povo.
E) A ferramenta política do voto que tem a capacidade de eleger e afastar os governantes do poder.
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