PortuguêsPronomes
- (VUNESP 2014)
Não gosto de escrever sobre datas marcadas, mas às vezes acontece. Em cada virada de ano somos sacudidos por sentimentos positivos e negativos quanto a essas festas que para muitos são tormento.
Vale a história do copo meio cheio ou meio vazio. Para alguns é tempo de melancolia: choramos os que morreram, os que nos traíram, os que foram embora, os desejos frustrados, os sonhos perdidos, a fortuna dissipada, o emprego ruim, o salário pior ainda, a família pouco amorosa, a situação do país, do mundo, de tudo.
Muitos acorrem aos consultórios de psicólogos e psiquiatras: haja curativo para nossa mágoa e autovitimização.
Se formos mais otimistas, encararemos o ano passado, a vida passada, o eu que já fomos, como transições naturais. Não é preciso encarar a juventude, os primeiros sucessos, o começo de uma relação que já foi encantada, como perda irremediável: tudo continua com a gente.
Em lugar de detestar estes dias, podemos inventar e até curtir qualquer celebração que reúna amigos ou família. Não é essencial ser religioso: se os sentimentos, a família, as amizades, a relação amorosa forem áridos, invocar Deus não vai adiantar. Mas celebrar é vital - e nada como algumas datas marcadas para lembrar que a vida não é apenas luta; é também a possível alegria.
Não precisa ser com champanhe caro nem presentes que vão nos endividar pelo ano inteiro: basta algum gesto afetuoso verdadeiro, um calor humano que abrande aquelas feridas da alma que sempre temos.
(Lya Luft, Um band-aid na alma. Veja, 01.01.2014)
Observe as expressões destacadas nas frases:
... mas às vezesacontece...
... a família poucoamorosa...
Assinale a alternativa na qual se emprega, de acordo com a norma-padrão, o pronome para substituir a frase destacada.
A) Há consultórios de psicólogos e psiquiatras e muitos acorrem-os para curar-se.
B) De fato há dias terríveis , mas não é preciso detes tar-lhes.
C) Sempre temos feridas da alma , mas basta um gesto que abrande-nas, e pronto!
D) Todos temos sonhos perdidos e choramos eles.
E) É preciso encarar o ano passado como transição natural, e nós o encararemos assim.
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