HistóriaHistória geral
- (IF-PA 2015)
“Os negros escravizados procuraram sempre que puderam resistir à opressão a eles imposta no interior dos complexos mundos da escravidão. Buscavam nas diversas formas de enfrentamento (...) conquistar aquilo que concebiam como liberdade” (GOMES, Flávio dos Santos. “Em torno dos bumerangues: outras histórias de mocambos na Amazônia colonial” IN: Revista USP : São Paulo (28), Dez-Fev. 1995, p. 41).
Com base nos debates historiográficos sobre os mundos da escravidão e a resistência escrava é possível assinalar que:
A) Pesquisas recentes reforçam os quilombos como um dos grandes exemplos do protesto negro. Sua manutenção fundamentava-se no distanciamento geográfico e o isolamento total dos quilombolas, que garantiu por sua vez, a experiência da liberdade, com forte solidariedade entre seus membros.
B) Historiadores ainda defendem que a presença negra foi pouco significativa na economia regional dos séculos XVII e XVIII, fundada predominantemente sobre o trabalho indígena. Afirmam que os africanos não conheciam a região e nem a floresta e, por isso, preferiam-se os índios.
C) Várias foram as experiências de resistência da massa escrava na Amazônia como reação ao sistema opressor, mas os protestos assumiram dimensão política quando do calor e da efervescência das campanhas abolicionistas no século XIX.
D) Estudos revelam novos mundos, marcados por dores, lutas e embates cotidianos de africanos e índios. Quando aquilombados, andavam armados, caçavam, “salgavam” carne para comercializar, faziam roças, tijolos, extraiam madeiras etc..., contudo, não amedrontavam as autoridades locais certas que o “fantasma haitiano” não chegou à Amazônia.
E) Fugitivos escravos buscavam a liberdade até com mocambos em regiões de fronteira. Como hidras renasciam em todo lugar e contavam com a ajuda de cativos nas plantações, vendeiros, índios, vaqueiros, comerciantes, camponeses, soldados e marinheiros numa rede de cooperação e conflito.
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