Procura

PortuguêsInterpretação de textos (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 55

  • (VUNESP 2016)

Por que achamos que ser magro é bonito?

Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.

Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)


Segundo o texto, a supervalorização do corpo magro tem como consequência


A) a distribuição de alimentos menos gordurosos e, portanto, mais saudáveis à população.

B) a aderência a dietas capazes de queimar calorias de maneira equilibrada e gradual.

C) o gasto de verba pública em campanhas de esclarecimento para combater a obesidade.

D) o consumo desmedido de alimentos industrializados, cada vez mais acessíveis ao consumidor.

E) a grande probabilidade de moças entre 15 e 24 anos morrerem de anorexia.


Próximo:
EXERCÍCIOS - Exercício 56

Vamos para o Anterior: Exercício 54

Tente Este: Exercício 427

Primeiro: Exercício 1

VOLTAR ao índice: Português






Cadastre-se e ganhe o primeiro capítulo do livro.
+
((ts_substr_ig=0.00ms))((ts_substr_id=9.31ms))((ts_substr_m2=0.00ms))((ts_substr_p2=0.56ms))((ts_substr_c=2.64ms))((ts_substr_im=0.78ms))
((total= 13ms))