PortuguêsInterpretação de textos (3)
- (FCC 2015)
A penúltima palavra
Eu já fui um sujeito muito polêmico, daqueles que têm a última palavra. Minha chatice argumentativa era mais ingênua que beligerante. Pensamentos e ideias sempre foram para mim uma espécie de brincadeira, feito peteca que não se deve deixar cair. Réplicas, tréplicas, quadréplicas... eram só uma forma de manter os pensamentos e as ideias em movimento.
Mas comecei a perceber que as pessoas se irritavam. E se tem gente que perde o amigo, mas não a piada, eu preferia perder o argumento a perder a amizade. Decidi, então, limitar o número de vezes que argumento a respeito de qualquer coisa. Mesmo que o assunto não seja polêmico, e esteja longe de gerar qualquer tipo de competitividade desconfortável, procuro reduzir minhas falas a duas ou, no máximo, três. E faço o possível para que a derradeira não seja provocativa. E se o leitor discordar, meu silêncio há de lhe dar razão...
(LOUREIRO JR, Eduardo. www.cronicadodia.com.br/2015/09/a-penultima-palavra-eduardo-loureiro-jr.html )
Na opinião do autor,
A) as pessoas não apreciam quem gosta de expressar suas ideias, mesmo em tom de brincadeira, o que o levou a deixar de falar sobre assuntos polêmicos.
B) defender pensamentos e ideias é uma espécie de batalha, que poucos estão dispostos a travar, e isso fez com que ele passasse a participar cada vez menos de discussões.
C) o espírito debatedor tende a ser visto como competitivo e pode gerar situações de tensão, por isso ele passou a ser mais comedido em suas argumentações.
D) saber pôr fim a uma polêmica é tão importante quanto saber iniciá-la, e o melhor remédio para resolver um conflito é o silêncio, que passou a impor ao adversário.
E) a competitividade gerada em uma argumentação pode comprometer uma amizade, e, para evitar que isso ocorra, ele passou a polemizar apenas em situações de brincadeira.
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