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HistóriaPeríodo colonial: produção de riqueza e escravismo


EXERCÍCIOS - Exercício 32

  • (FCC 2016)

O Marechal Junot, da infantaria francesa, entrou em Lisboa junto com a chuva. Uma chuva fina, matinal, que agulhava os ossos. A corte tinha de fugir, conforme o combinado com a Inglaterra.

Os fujões quiseram raspar até a prata dos altares. Em suas arcas, atacharam pra mais de 80 milhões de cruzados, em ouro e diamantes. (Curiosa ironia: migalhas da riqueza iam de volta, agora, para o Brasil.)

O cais de Belém lembrava uma feira, mas feira do inferno. Lacaios se entrechocavam e mordiam. Marujos ingleses berravam palavrões cabeludos por sobre as cabeças das senhoras. A um simples estouro de cavalos, centenas de peralvilhas jogavam-se ao mar. A quem assistisse – 15 mil nobres embarcando em 36 navios – o espetáculo podia ser divertido, jamais bonito.

E D. João? Corria que já embarcara. Mas quando? Perguntava a turba com raiva, contida pela fileira de soldados. ‘Foi aquela criada grandona, andar de pata choca, não vira?’ O covarde disfarçara-se. Agora é a vez da rainha-mãe. Arrancada aos murros, a demente sorve aflitivamente o ar das ruas: há 16 anos não a tiram da cela. (...)

Achavam que a coitada não percebia nada. A chuva, contudo, acordou-lhe a razão. Começou a berrar.

– Não corram tanto! Acreditaram que estamos fugindo. Por que fugir sem ter combatido?

(In: SANTOS, Joel Rufino dos. História do Brasil . São Paulo: Marco editorial, 1979, p. 77)


O episódio narrado pelo texto, está diretamente associado


A) às dificuldades econômicas de Portugal em manter o império colonial na América, somadas às ideias de liberdade e independência que circulavam na Europa, no início do século XVIII.

B) à difusão das ideias iluministas na Europa que condenavam as estruturas absolutistas e de privilégios e enfraqueceram a política colonialista portuguesa a partir dos anos de 1800.

C) às transformações econômicas advindas da Revolução Industrial iniciada na Inglaterra, que alteraram substancialmente o panorama sócio-político de Portugal, a partir do século XIX.

D) à invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão Bonaparte, motivada pela não participação do governo português no bloqueio econômico à Inglaterra, decretado pela França, em 1806.

E) à adoção pelo governo português de medidas administrativas que visavam reequilibrar a deficitária balança comercial lusa na Europa e o desenvolvimento econômico do reino, em 1808.


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