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PortuguêsPronomes pessoais oblíquos


EXERCÍCIOS - Exercício 341

  • (CONTEMAX 2020)

TEXTO
ÉTICA PARA MEU FILHO
(...)Veja: alguém pode lamentar ter procedido mal mesmo estando razoavelmente certo de que não sofrerá represálias por parte de nada nem de ninguém. É que, ao agirmos mal e nos darmos conta disso, compreendemos que já estamos sendo castigados, que lesamos a nós mesmos - pouco ou muito - voluntariamente. Não há pior castigo do que perceber que por nossos atos estamos boicotando o que na verdade queremos ser...
De onde vêm os remorsos? Para mim está muito claro: de nossa liberdade. Se não fôssemos livres, não nos poderíamos sentir culpados (nem orgulhosos, é claro) de nada e evitaríamos os remorsos. Por isso, quando sabemos que fizemos algo vergonhoso procuramos afirmar que não tivemos outro remédio senão agir assim, que não pudemos escolher: “cumpri ordens de meus superiores”, “vi que todo o mundo fazia a mesma coisa”, “perdi a cabeça”, “é mais forte do que eu”, “não percebi o que estava fazendo”, etc. Do mesmo modo, quando o pote de geleia que estava em cima do armário cai e quebra, a criança pequena grita chorosa: “Não fui eu!”. Grita exatamente porque sabe que foi ela; se não fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, ou talvez até risse e pronto. Em compensação, ao fazer um desenho muito bonito essa mesma criança irá proclamar: “Fiz sozinho, ninguém me ajudou!” Do mesmo modo, ao crescermos, queremos sempre ser livres para nos atribuir o mérito do que realizamos, mas preferimos confessar-nos “escravos das circunstâncias” quando nossos atos não são exatamente gloriosos.
(SAVATER, Fernando. Ética para meu filho.Trad. Monica Stahel. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Tradução de: Ética para Amador.)

No que diz respeito aos pronomes pessoais oblíquos átonos destacados nos excertos abaixo, apenas um admite outra posição em relação ao verbo com o qual se relaciona no período; isso ocorre na alternativa:


A) “É que, ao agirmos mal e nos darmos conta disso, (...)” (1º parágrafo)

B) “(...) não nos poderíamos sentir culpados (...)” (2º parágrafo)

C) “(...) se não fosse assim, nem se daria ao trabalho de dizer nada, (...) (2º parágrafo)

D) “(...) ninguém me ajudou!” (2º parágrafo)

E) “(...) mas preferimos confessar- nos “escravos das circunstâncias” (...)” (2º parágrafo)


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