EnfermagemOutras doenças infecciosas e parasitárias
- (VUNESP 2019)
A febre maculosa brasileira é doença endêmica na região de Campinas e, quando não tratada oportunamente, associa-se a elevada morbi-letalidade. Nos meses de junho a outubro são registrados maior número de casos de febre maculosa na cidade. A doença ainda é de baixa prevalência, mas de alta letalidade. Desde 2007, foram 92 casos em Campinas e 43 mortes, com uma taxa de letalidade de 46,7%. A maioria dos casos é em homens de 20 a 49 anos, que contraem a doença em atividades de lazer em áreas de risco.
(http://www.saude.campinas.sp.gov.br/saude/)
Frente a essa situação, com a finalidade de detecção
precoce, o enfermeiro deve estar atento à identificação
de todo caso suspeito da doença, definido, pelo Ministério da Saúde, como indivíduo
A) proveniente de área com ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia, ou todo indivíduo de área sem ocorrência de transmissão, com febre e esplenomegalia, desde que descartados os diagnósticos diferenciais mais frequentes na região.
B) com febre, cefaleia e mialgia, que apresente pelo menos um dos seguintes critérios: presença de antecedentes epidemiológicos sugestivos nos 30 dias anteriores à data de início dos sintomas, como: exposição a enchentes, alagamentos, lama ou coleções hídricas; exposição a fossas, esgoto, lixo e entulho; atividades que envolvam risco ocupacional, como coleta de lixo e de material para reciclagem, limpeza de córregos, trabalho em água ou esgoto, manejo de animais, agricultura em áreas alagadas.
C) com febre persistente, acompanhada ou não de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia, mal-estar geral, dor abdominal, anorexia, dissociação pulso/temperatura, constipação ou diarreia, tosse seca, roséolas (manchas rosadas no tronco) e hepatoesplenomegalia.
D) que apresenta febre de início súbito, cefaleia, mialgia e que tenha relatado história de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter frequentado área sabidamente de transmissão de febre maculosa, nos últimos 15 dias; ou aquele que apresenta febre de início súbito, cefaleia, mialgia, seguidas de aparecimento de exantema máculo-papular, entre o 2° e o 5° dia de evolução e/ou manifestações hemorrágicas.
E) com presença de úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura; ou com presença de úlcera na mucosa nasal, com ou sem perfuração, ou perda do septo nasal, podendo atingir lábios, palato e nasofaringe.
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