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PortuguêsNoções gerais de compreensão e interpretação de texto (10)


EXERCÍCIOS - Exercício 438

  • (FCC 2019)

Desde 2016, registra-se queda na cobertura vacinal de crianças menores de dois anos. Segundo o Ministério da Saúde, entre janeiro e agosto, nenhuma das nove principais vacinas bateu a meta estabelecida — imunizar 95% do público-alvo. O percentual alcançado oscila entre 50% e 70%.

As autoridades atribuem o desleixo a duas causas. Uma: notícias falsas alarmantes espalhadas pelas redes sociais. Segundo elas, vacinas seriam responsáveis pelo autismo e outras enfermidades. A outra: a população apagou da memória as imagens de pessoas acometidas por coqueluche, catapora, sarampo. Confirmar-se-ia, então, o dito de que o que os olhos não veem o coração não sente.

Trata-se de comportamento irresponsável que tem consequências. De um lado, ao impedir que o infante indefeso fique protegido contra determinada doença, os pais lhe comprometem a saúde (e até a vida). De outro, contribuem para que a enfermidade continue a se propagar pela população. Em bom português: apunhalam o individual e o coletivo. Põem a perder décadas de esforço governamental de proteger os brasileiros de doenças evitáveis.

O Brasil, vale lembrar, é citado como modelo pela Organização Mundial de Saúde. As campanhas de vacinação exigiram esforço hercúleo. Para cobrir o território nacional e cumprir o calendário, enfrentaram selvas, secas, tempestades. Tiveram êxito. Deixaram relegada para as páginas da história a revolta da vacina, protagonizada pela população do Rio de Janeiro que, no início do século passado, se rebelou contra a mobilização de Oswaldo Cruz para reduzir as mazelas do Rio de Janeiro. O médico quis resolver a tragédia da varíola com a Lei da Vacina Obrigatória.

Tal fato seria inaceitável hoje. A sociedade evoluiu e se educou. O calendário de vacinação tornou-se rotina. Graças ao salto civilizatório, o país conseguiu erradicar males que antes assombravam a infância. O retrocesso devolverá o Brasil ao século 19. Há que reverter o processo. Acerta, pois, o Ministério da Saúde ao deflagrar nova campanha de adesão para evitar a marcha rumo à barbárie. O reforço na equipe de agentes de imunização deve merecer atenção especial .

(Adaptado de: “Vacina: avanço civilizatório”. Diário de Pernambuco . Editorial. Disponível em: www.diariodeper-nambuco.com.br )


Com a alusão ao provérbio o que os olhos não veem o coração não sente, reforça-se a ideia de que


A) as campanhas de conscientização do Ministério da Saúde não devem subestimar o conhecimento que o público adquire por meio do estudo formal.

B) as notícias falsas espalhadas pelas redes sociais são eficazes porque recorrem a registros audiovisuais que apelam a um envolvimento afetivo.

C) a imunização carece do estabelecimento de metas realistas, embora informar a população acerca dos riscos das doenças seja uma estratégia válida.

D) a população já se esqueceu dos riscos de algumas doenças visadas pelas atuais campanhas de vacinação, como coqueluche, catapora e sarampo.

E) as campanhas de vacinação têm priorizado inadvertidamente doenças que já não implicam risco de contágio à maior parte da população.


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