PortuguêsRedação - reescritura de texto (2)
- (FCC 2007)
Atenção : As questões de números 01 a 10 baseiam-se no texto abaixo.
A Norma (1831) é claramente uma ópera que encena, numa suposta rebelião gaulesa contra a tutela romana na Antiguidade, a desejada libertação dos italianos em face das potências estrangeiras − no caso, certamente a Áustria − que lhes vedam a independência e a unidade nacional. Como é de praxe em boa parte das óperas italianas do século XIX, ao posicionamento progressista nas grandes questões sociais ou nacionais se opõe um lastro, geralmente ocultado, que é de natureza mais propriamente pessoal, e serve de enorme peso − inconsciente, posto que até então desconhecido − contra aquela tomada de partido em favor [...] do “bem” ou, pelo menos, da justiça e do progresso. Esse modelo aparece, para citarmos apenas algumas óperas, nas Vespri siciliani e no Trovatore de Verdi; poder-se-ia argumentar que a Traviata procede do mesmo modo. Assim, um recorte se delineia inicialmente, a opor as causas progressistas (a pátria livre, seja ela a Gália, a Sicília ou qualquer outra; a defesa dos pobres; a união de quem se ama) ao que existe de mais retrógrado; porém, a dramaticidade não procederá do conflito, num mesmo nível, entre progressistas e reacionários, mas da irrupção, no âmago mesmo da causa revolucionária avançada, de um elemento pessoal marcado pelo acumpliciamento secreto, arcaico e culpável com o inimigo. Dessa forma, o herói libertador dos sicilianos nas Vespri é na verdade filho ilegítimo do governador francês, o trovador, na ópera homônima, é o irmão perdido de seu próprio perseguidor − e aqui, na Norma, a sacerdotiza suprema dos gauleses é amante do chefe romano. É isso o que dilacera a alma, tanto do atorcantor como do expectador-ouvinte, e confere a essas óperas seu caráter trágico. (RIBEIRO, Renato Janine. Iracema ou a fundação do Brasil. In FREITAS, Marcos Cezar de (Org.). Historiografia brasileira em perspectiva. 5.ed., São Paulo: Contexto, 2003, p. 406)
A Norma (1831) é claramente uma ópera que encena, numa suposta rebelião gaulesa contra a tutela romana na Antiguidade, a desejada libertação dos italianos em face das potências estrangeiras [...] que lhes vedam a independência e a unidade nacional
O trecho acima está clara e corretamente reescrito em:
A) A Norma (1831) é uma peça que dramatiza claramente uma suposta rebelião gaulesa contra o con- trole romano na Antiguidade, pressupondo a almejada libertação dos italianos contra as potências estrangeiras que lhes vetam a independência e a união entre as nações.
B) A Norma (1831) faz supor que tenha existido uma rebelião gaulesa contra a tirania romana na Antiguidade, quando o que de fato ali ocorreu foi um momento de libertação da Itália em face das potências estrangeiras que dificultavam sua emancipação e unidade enquanto país.
C) Na Norma (1831), uma alegada revolta gaulesa contra o domínio romano corresponde à superfície do texto, que, na verdade, encena a almejada libertação dos italianos das potências estrangeiras que lhes impediam a independência e a unidade nacionais.
D) A Norma (1831) é uma ópera encenada a respeito da claramente ansiada libertação dos italianos defronte das potências estrangeiras que lhes negam a união, mas ela refere explicitamente uma insurreição gaulesa contra a tutela romana na Antiguidade.
E) Uma sublevação gaulesa de enfrentamento ao poder romano na Antiguidade serve de pretexto, na Norma (1831), para dramatizar, de modo claro, a conquista da liberdade pelos italianos, que eram bloqueados por potências estrangeiras em relação à independência e à unidade para com a pátria.
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