Procura

PortuguêsConcordância verbal concordância nominal (3)


EXERCÍCIOS - Exercício 361

  • (FCC 2009)


Notícias e mais notícias

Confesso que já estou cheio de me informar sobre o mundo. Pela TV, pelo rádio, pelos incontáveis canais da Internet, pelos celulares, pelos velhos jornais e revistas não param de chegar notícias, comentários, opiniões formadas. Essas manifestações me cercam, obrigam-me a tomar conhecimento de tudo, enlaçam-me numa rede de informações infinitas, não me deixam ignorar nenhum acontecimento, do assalto no bar da esquina aos confrontos no Oriente Médio. Gostaria de descansar os olhos e os ouvidos, daria tudo para que se calassem por algum tempo essas notícias invasoras, e me
sobrasse tempo para não saber mais nada de nada...
Minha utopia é acordar num dia sem notícias, quando os únicos acontecimentos sensíveis fossem os da natureza e os do corpo: amanhecer, clarear, ventar, escurecer – e andar, olhar, ouvir, sentar, deitar, dormir. Parece pouco, mas é mais que muito: é impossível. É impossível fruir esse estado de contemplação – melhor dizendo: de pura e permanente percepção de si e do mundo. Até porque partiria de nós mesmos a violação desse estado: em algum momento nos cansaríamos e passaríamos a cogitar coisas, a avaliar, a imaginar, e estenderíamos nossa curiosidade para tudo o que estivesse próximo ou distante. Em suma: iríamos atrás de informações. Ficaríamos ávidos por notícias do mundo.
O ideal talvez fosse um meio termo: nem nos escravizar-mos à necessidade de notícias, nem nos abandonarmos a um confinamento doentio. Mas o homem moderno sabe cada vez menos equilibrar-se entre os extremos. Nossa época, plena de novidades, não nos deixa descansar. Cada tela apagada, cada
aparelho desligado parece espreitar-nos, provocando-nos: – Você sabe o que está perdendo?
Desconfio que estejamos perdendo a capacidade de nos distrairmos um pouco com nós mesmos, com nossa memória, com nossos desejos, com nossas expectativas. Bem que poderíamos acreditar que há, dentro de nós, novidades a serem descobertas, notícias profundas de nós, que pedem calma e silêncio para se darem a conhecer.


(Aristides Bianco, inédito)

O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singularpara preencher corretamente a lacuna da frase


A) As pessoas a quem ...... ( impor ) a TV, diuturnamente, notícias de toda espécie perdem a capacidade de discriminar o que é ou não importante.

B) As novidades que dentro de mim se ...... ( mascarar ) só se revelarão mediante uma análise introspectiva.

C) Aquele a quem ...... ( sensibilizar ) os fatos do noticiário deve poupar-se de acompanhá-los todos os dias.

D) Não ...... ( dever ) mover a ninguém as esperanças ou a crença em que o mundo se torne mais discreto e silencioso.

E) Em qualquer notícia que provenha do nosso íntimo não mais ...... ( haver ) de se ocultar as verdades que fingimos desconhecer.


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