PortuguêsConcordância verbal concordância nominal (3)
- (UERR 2011)
Leia o poema de Ferreira Gullar, em seguida, assinale a alternativa correta a respeito das regras de concordância.
NÃO HÁ VAGAS
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas"
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
Gullar, Ferreira.In : Toda Poesia. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1970
A) Há dupla concordância entre o verbo e o sujeito em “Não cabem no poema o gás a luz o telefone...”, ou seja, o verbo da oração poderia estar no singular sem desrespeitar a regra.
B) Percebe-se que o poema, produzido nos anos 70, é extremamente ultrapassado, pois fala de assuntos pertinentes naquela época.
C) Em “...não há vagas...”, admitir-se-ia o verbo “haver” no plural, pois o mesmo está no sentido de existir.
D) Há transgressão das norm as de concordância nominal em: “- porque o poema, senhores, está fechado”, uma vez que o verbo “estar” e o particípio não concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.
E) Em “Só cabe no poema o homem sem estômago a mulher de nuvens a fruta sem preço.” Há incorreção na utilização do verbo “caber", pois o sujeito, ao qual ele se refere, é um sujeito composto, portanto o verbo deveria estarno plural.
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